Depois do anúncio do Governo, através do ministro da Saúde Paulo Macedo, que aponta uma descida dos preços dos medicamentos hospitalares (12 por cento), vem a surpresa da indústria farmacêutica e dos próprios administradores de hospitais. O Ministério quer poupar cerca de 100 milhões de euros, mas avançou com uma medida sem informar a indústria.
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, anunciou ontem que o Governo pretende reduzir o custo dos medicamentos hospitalares, em 12 por cento, medida tomada por despacho, com o objetivo de permitir aos hospitais “equilibrar as suas receitas com as despesas”. O Ministério está a negociar com a indústria farmacêutica a aplicação desta medida.
No entanto, a medida do Governo apanhou de surpresa a indústria farmacêutica, que não tinham conhecimento desta intenção, que provoca uma perda de receita – proporcional à poupança que o executivo pretende conseguir: cerca de 100 milhões de euros.
O Ministério da Saúde ainda não tinha negociado com a indústria a aplicação desta medida, anunciada ontem por Paulo Macedo, durante uma audição na Comissão Parlamentar de Saúde, que decorreu na Assembleia da República.
O objetivo do Governo é apoiar as unidades hospitalares a equilibrar as suas contas, num momento económico adverso.
“A necessidade de os hospitais equilibrarem as suas receitas com as despesas e a conjuntura que o país atravessa levam-nos a redefinir, através de um despacho, a redução dos medicamentos hospitalares em cerca de 12 por cento”, afirmou Paulo Macedo.
Também alguns administradores hospitalares manifestaram ao jornal i surpresa, por desconhecerem as intenções do Governo. A medida de redução dos medicamentos dos Hospitais será para aplicar dentro de um prazo de um mês.