Um deputado do PS quer promover “uma grande parada militar” nas celebrações dos 40 anos do 25 de Abril. “Foi um golpe militar” e, como tal, é preciso “homenagear os militares que o fizeram”, sustenta Marcos Perestrello, citado pelo Público.

Marcos Perestrello deve apresentar hoje uma proposta para que, nas celebrações dos 40 anos do 25 de Abril, seja realizada “uma grande parada militar”. Na perceção do deputado socialista, citado pelo Público, seria a melhor forma de “homenagear” os autores do “golpe militar” de 1974.

“O 25 de Abril foi um golpe militar e, portanto, o que há a fazer é homenagear os militares que o fizeram”, argumentou o parlamentar socialista.

A proposta da “grande parada militar”, a ser apresentada na comissão parlamentar de Defesa, deverá envolver “os três ramos das forças armadas”, complementou Marcos Perestrello.

A rota sugerida para a parada é entre a Avenida da Liberdade e o Terreiro do Paço, em Lisboa.

Enquanto a Assembleia da República não anuncia o programa oficial já há ‘desistentes’. Joana Vasconcelos recusou o convite de Assunção Esteves por falta de tempo.

“Neste momento, os prazos não permitam a execução do projeto”, explicou a artista plástica, reforçando que “não será possível concretizar a intervenção”.

A ideia de Assunção Esteves, presidente do Parlamento, consistia na decoração de chaimites com cravos, unindo dois dos símbolos do 25 de Abril.

A ideia levantou polémica porque, na mesma altura, Assunção Esteves sugeriu o recurso ao mecenato para ajudar a suportar os custos das comemorações dos 40 anos do 25 de Abril.