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Vídeo: Cancro da mama detetado pelas mãos de quem não vê

medico alemao cancro mama 400 Um trabalho clínico realizado na Alemanha consiste em detetar o cancro da mama, com a preciosa ajuda de pessoas que têm problemas visuais. O ginecologista Frank Hoffmann desenvolveu o programa Discovering Hands, que conta já com 17 mulheres invisuais, que em diversas clínicas alemãs veem o que passa despercebido ao tato dos médicos. Conheça o programa neste vídeo.

A ideia não é nova. Há alguns anos, a teoria de que a cegueira poderia ser útil no diagnóstico do cancro da mama foi considerada, uma vez que a perda ou ausência do sentido da visão leva ao desenvolvimento de maior capacidade tátil. No entanto, só agora se avançou para uma pesquisa, na Alemanha.

Algumas mulheres cegas estão a participar na deteção do cancro da mama, sendo que conseguem fazê-lo de forma muito mais precoce, em comparação com pessoas sem problemas visuais.

A questão foi levantada quando o ginecologista Frank Hoffmann, de Duisburg, na Alemanha, percebeu que não tinha tempo suficiente para realizar exames clínicos capazes de encontrar nódulos de pequena dimensão, no tecido mamário.

“Os médicos conseguem encontrar tumores entre um centímetro e dois centímetros. As pessoas cegas detetam nódulos com tamanhos inferiores, de seis milímetros. É uma diferença muito grande, que permite, em certos casos, evitar que o cancro se desenvolva para outras partes do corpo”, diz Hoffmann.

O desenvolvimento do tato das pessoas cegas poderia, desse modo, dar uma ajuda fundamental. E a teoria confirmou-se.

Este médico alemão – que fundou a Discovering Hands, um programa que tem como objetivo a deteção precoce do cancro – criou sistema de treino para mulheres cegas, que se tornam em ‘médicas’, graças à capacidade do tato.

Conheça o Discovering Hands, pensado pelo ginecologista Frank Hoffmann em 2006, lançado em 2013 e que foi aplicado na Alemanha, contando já com 17 mulheres cegas, que estão a detetar cancros da mama.

Neste vídeo, Hoffmann desvenda as diferenças entre um diagnóstico feito por um médico, no que diz respeito a um nódulo, e aquele que uma mulher cega consegue.

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