Mundo

Presidente da Venezuela chama povos do mundo a mobilizarem-se contra ataques à Síria

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, condenou, sábado, a ofensiva conjunta dos Estados Unidos, Reino Unido e a França e apelou aos povos do mundo a mobilizarem-se contra os ataques à Síria.

“Não à guerra. Não às balas e não à morte. A Venezuela condena o ataque imperialista contra o povo da Síria. Mentem, como fizeram no Iraque, como fizeram na Líbia. Os povos do mundo, temos que mobilizar-nos contra o armamentismo e as mentiras”, escreveu na sua conta do Twitter.

Por outro lado, durante um encontro com simpatizantes que participaram numa marcha contra o “imperialismo”, em Caracas, Nicolás Maduro “exigiu” paz e respeito para a Síria.

“O povo sírio é um povo de paz. É um povo trabalhador. Não é um povo que quer guerra”, disse, acusando os EUA de lançar 110 mísseis sobre a Síria, para “criar pânico e terror e para destruir centros científicos”.

Através de um comunicado, o Governo venezuelano disse “repudiar e condenar energicamente o hostil ataque militar” contra o irmão povo sírio.

“Uma vez mais, os EUA e alguns dos seus aliados desconhecem os princípios mais elementares do Direito Internacional, ao empreender uma ação unilateral, sem discussão e aprovação no seio dos órgãos facultados para tal, das Nações Unidas”, explica o comunicado, divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores venezuelano.

Segundo o documento, “com o uso unilateral e ilegal da violência, os países atacantes violam abertamente a soberania, o direito à vida e todos os direitos humanos do irmão povo sírio”.

“A República Árabe da Síria foi atacada apesar de a Organização para a Proibição de Armas Químicas não ter enviado ainda as equipas de peritos ao terreno, para investigar o alegado uso de armas químicas pelo exército sírio”, explicou.

O documento acrescenta que “a operação militar dos EUA lembra a catastrófica invasão do Iraque em 2003, justificada com o pretexto da necessária neutralização de armas de destruição massiva, que após meses de morte e caos, reconheceram não ter localizado”.

“O Presidente da República Bolivariana da Venezuela (…) expressa a sua absoluta solidariedade com o povo e governo sírios, pelas perdas de vidas, feridos e danos materiais, como consequência deste ataque desapiedado e injustificado”, conclui.

Entretanto, o vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela, Diosdado Cabello, que é tido como o segundo homem mais forte do chavismo, disse aos simpatizantes que “a luta da Síria está intimamente relacionada com a luta da Venezuela.

Em destaque

Subir