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Engenheiro português condenado por ajudar iranianos a comprar tecnologia de forma ilegal

João Pedro da Fonseca, de 55 anos, foi condenado esta sexta-feira a 20 meses de prisão nos Estados Unidos por ter conspirado para entregar tecnologia americana a iranianos.

O procurador Channing D. Phillips confirmou a condenação através de um comunicado. “João da Fonseca desrespeitou a lei dos EUA participando num esquema para exportar bens, tecnologia e serviços para o Irão. A sua condenação e pena de prisão mostra que existem consequências sérias para aqueles que contornam e violam as leis que garantem a segurança nacional, a política externa e economia dos EUA”, pode ler-se.

Segundo informações veiculadas pela Lusa, o engenheiro participou “num esquema em que conspirou para ajudar uma empresa iraniana a obter de forma ilegal equipamento sofisticado de duas empresas americanas”, defraudando o Estado norte-americano.

Fonseca tinha confessado os crimes e chegado a acordo com os procurados americanos no dia em que o eu julgamento deveria começar, a 17 de julho. Se fosse para julgamento, o português arriscava uma pena até cinco anos de prisão e multas financeiras. Será deportado para Portugal no final da pena.

O esquema aconteceu entre outubro de 2014 e abril de 2016, envolvendo duas empresas americanas que produzem tecnologia relacionada com lentes óticas e sistemas de navegação, equipamento com usos comerciais e militares.

O português confessou o seu papel enquanto representante de uma empresa portuguesa na compra de máquinas que seriam, posteriormente, entregues no Irão. A ‘missão’ era a de viajar até aos EUA, aprender a usar o equipamento e mantê-lo até ao seu envio para o Irão.

“Esta sentença é resultado de um grande trabalho de investigação dos nossos agentes especiais em conjunto com outros parceiros de segurança e do governo, locais e estrangeiros. A exportação de bens americanos para países que prejudicam a nossa segurança nacional é prejudicial e não será tolerada, disse em comunicado um dos investigadores, David Shaw.

Fonseca viajou para os EUA pela primeira vez em outubro de 2015, e regressou em março de 2016, altura em que foi detido pelas autoridades, que impediram o envio do equipamento para o Irão.

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