Ciência

Cancro: Beber café protege o fígado. Descafeinado também ajuda

Um estudo de duas universidades britânicas mostrou que o consumo de café, ou descafeinado, ajuda a proteger o fígado do temível cancro.O risco de surgir um carcinoma hepatocelular é 50 por cento menor para quem bebe cinco chávenas por dia.

O trabalho dos investigadores da Universidade de Southampton (Inglaterra) e da Universidade de Edimburgo (Escócia) teve resultados diversos consoante o número de cafés por dia.

Os participantes que beberam cinco cafés por dia apresentaram uma queda no risco de 50 por cento, que desce para os 35 por cento quando se tomam dois cafés por dia e para os 25 por cento para um café diário.

O carcinoma hepatocelular é, saliente-se, a forma primária do cancro do fígado.

O descafeinado também demonstrou efeitos protetores, quando comparado com o grupo de participantes que não consumiu nenhuma das bebidas, embora com percentagens menores.

“Pode ser importante assumir o café como uma intervenção ao nível do estilo de vida na doença crónica do fígado, uma vez que o descafeinado poderá ser mais aceitável para aqueles que não bebem café ou para os que limitam o seu consumo devido aos efeitos da cafeína”, salientam os cientistas, num excerto citado pelo The Guardian.

Os investigadores deixam também o alerta: não é por reduzir a metade o risco do cancro do fígado que devemos começar a beber cinco cafés por dia.

“Tem de haver mais investigação no que toca aos potenciais malefícios de elevados níveis de cafeína e sabe-se que esta deve ser evitada em certos grupos, como o das mulheres grávidas”, frisam.

“Estas descobertas são importantes na medida em que o carcinoma hepatocelular se alastra a nível global e tem um fraco prognóstico. Mostrámos que o café reduz o risco de cirrose de cancro do fígado consoante a dose, embora a bebida também esteja associada a uma redução do risco de morte por várias outras causas. O que a nossa pesquisa acrescentou foram as provas de que, em moderação, o café pode ser um excelente medicamento natural”, concluem os cientistas, no resumo público do trabalho.

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