Mundo

Auxiliar médico só trabalhou 18 meses em 15 anos e recebe 1500 euros por mês

Entre baixas e férias, um auxiliar médico espanhol trabalhou apenas durante 18 meses entre 2001 e 2016. O Conselho Provincial de Alicante não o considera apto para trabalhar, apesar da Segurança Social lhe ter negado, em três ocasiões, a incapacidade laboral permanente. Entretanto, continua a receber 1500 euros por mês.

A história é contada pelo jornal espanhol El País, que dá conta de que, durante 15 anos, um auxiliar médico de um hospital psiquiátrico de Alicante, em Espanha, acumulou 4453 dias de baixa, o que equivale, nesse período, a uma ausência laboral de 12 anos e dois meses.

O Conselho Provincial de Alicante não o considera apto para desempenhar a sua função adequadamente, sendo que o auxiliar de enfermagem viu a Segurança Social negar-lhe a incapacidade laboral permanente em três ocasiões.

De acordo com o jornal, a doença e identidade do profissional são confidenciais, protegidas pela Lei de Proteção de Dados espanhola.

Apesar de caricata e que “ética e moralmente não pareça”, o deputado Provincial de Alicente, Alejandro Morant, garante que a situação é completamente legal, já que os médicos lhe passaram baixa durante um ano em sete ocasiões e, noutras três, até um ano e meio.

Dessa forma, entre férias e baixas, o auxiliar médico ficou afastado do trabalho durante mais de 12 anos.

“Chegou a ser aberto um processo disciplinar ao funcionário, mas este acabou por vencer”, conta o deputado.

A Segurança Social espanhola, no entanto, recusou-lhe uma dessas baixas médicas, mas o profissional conseguiu ‘vencer’, alegando não ter sido devidamente notificado para ir trabalhar, o que a defesa considerou válido.

O El País dá ainda conta da alta hospitalar recebida pelo funcionário público, mas que este não se encontra a trabalhar, tendo apenas que se apresentar no departamento de saúde de Alicante meia hora por semana, de forma a ser visto por um médico.

No entanto, este auxiliar de saúde de identidade confidencial continua a receber 1500 euros por mês.

Em destaque

Subir