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Urgência pediátrica do Garcia de Orta corre risco de fechar à noite – Ordem dos Médicos

A urgência pediátrica do hospital Garcia de Orta, Almada, corre o risco de fechar durante o período noturno por falta de médicos, estando atualmente a funcionar “em cima da linha vermelha”, denuncia a Ordem dos Médicos.

Em declarações à agência Lusa, o bastonário dos Médicos indicou que o número de pediatras nos quadros do Garcia de Orta é “insuficiente e compromete a qualidade e segurança” dos serviços prestados às crianças que vão à urgência.

O bastonário, o presidente da secção regional do Sul e outros elementos da Ordem visitaram em janeiro o Garcia de Orta e reuniram-se com profissionais e também com a administração. A visita ocorreu depois de a Ordem ter recebido denúncias que apontavam para as dificuldades sentidas na área da pediatria quanto à falta de médicos.

Para o bastonário, Miguel Guimarães, “não existem as condições adequadas de segurança clínica” ao nível da urgência de pediatria e os médicos estão a “assumir uma responsabilidade enorme ao estarem sozinhos no serviço”.

O bastonário indica que a equipa de pediatria na urgência devia ter pelo menos dois médicos e que nem isso está a ser assegurado.

“É uma situação complexa e grave e pode levar a que o Garcia de Orta não consiga assegurar urgência 24 horas e sete dias por semana. Pode ter de encerrar à noite”, indicou à Lusa.

Miguel Guimarães considera que durante a noite a situação é mais complicada, porque durante o dia o serviço de urgência pode contar com ajuda do serviço de pediatria do hospital caso seja necessária uma intervenção adicional.

“Será mais sensato constituir as equipas tipo com os médicos que existem e haver períodos em que não há urgência pediátrica, sendo as crianças referenciadas para outros hospitais com pediatria”, argumentou.

O bastonário lembra que “quem assume sempre a responsabilidade pelo serviço é o médico” e lamenta que ao longo dos anos “as coias vão emagrecendo” em termos de recursos e que as pessoas vão aceitando trabalhar em condição que não são adequadas.

“A probabilidade de existir alguma complicação ou erro é maior”, adverte, acrescentando que o Ministério da Saúde não tem resolvido as “deficiências graves” de recursos humanos nos hospitais.

Lusa

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Lusa
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