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“Sucesso? Depois da destruição só se pode crescer”, diz Ferreira Leite na TVI

No comentário semanal na TVI, Manuela Ferreira Leite desvalorizou o crescimento da economia, nem aceita que o programa de ajustamento esteja a dar frutos. “Não consigo perceber onde está o sucesso”, afirmou a comentadora. “Quando há uma guerra (…) não há outra consequência a não ser crescer”, sustentou.

Para Manuela Ferreira Leite, os fracos sinais de crescimento e o fim da recessão não representam um efeito positivo das políticas adotadas, ao abrigo do programa de ajustamento. Segundo defendeu a social-democrata, no comentário semanal que assina na TVI, esta recuperação frágil é efeito do fenómeno de destruição da economia que o antecedeu.

“Não consigo perceber onde está o sucesso. Quando há uma guerra, morrem milhões de pessoas e destroem-se imensas coisas. Depois, não há outra consequência a não ser crescer”, resumiu Ferreira Leite, na TVI, nesta quinta-feira.

Manuela Ferreira Leite não está otimista nem vê sinais positivos. Considera que “é melhor nem falar da taxa de desemprego”, que está elevada, e apelida o empobrecimento da população de “dramático”.

Ferreira Leite considera ainda que Portugal está a retirar benefícios de medidas europeias, que salvaguardam o país dos mercados. Se não fosse a tentativa de salvar o euro, Portugal estaria numa situação económica mais complicada, de acordo com a antiga ministra social-democrata.

“Estamos a beneficiar de medidas que foram tomadas a pensar em salvar um projeto muito mais importante [salvar o euro]. Caso contrário, como é que os mercados olhariam para nós, hoje? Melhor do que há dois anos?”, questionou Manuela Ferreira Leite, apontando os problemas da economia que não estão, segundo a comentadora, a ser corrigidos.

“Estamos com um défice elevadíssimo e não sabemos quando é que o vamos resolver”, aponta. Acresce que “apresentamos um crescimento que não permite aos credores pensar que vamos criar riqueza para lhes pagar”.

Assim, a ex-ministra das Finanças entende que os sinais de crescimento não satisfazem, nem são suficientes para um país que continua a acumular dívida e que não gera crescimento suficiente para pagar aos credores. “A mim diz-me pouco que estejamos a crescer 0,1 ou 0,2 por cento”, defende.

Manuela Ferreira Leite faz, deste modo, um balanço negativo, mesmo numa altura em que há sinais de inversão económica. “O sucesso não é por se ter atingido os objetivos, ou pelas consequências não terem sido trágicas. Qualquer política é avaliada pelos seus resultados. E estes resultados não são bons”, conclui a social-democrata.

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