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Software ilegal: Portugal entre os países com maiores índices de pirataria

Pesquisa da Business Software Alliance Global Software Piracy, que avaliou dados sobre a utilização de software ilegal em 116 países, revela que Portugal contribui para o aumento da média mundial, com 52 por cento de programas pirateados. A indústria do setor perdeu, no ano passado, 159,5 milhões de euros e o Estado não encaixou 36,7 milhões de euros em IVA. 

Apesar desta taxa ter descido ligeiramente, em comparação com 2009, certo é que Portugal se mantém na lista dos países com números mais elevados no que diz respeito ao uso de software ilegal. Mais de metade dos programas usados (52 por cento) são pirateados.

“Os prejuízos que advêm desta prática são muito superiores à riqueza que esta indústria consegue gerar”, salienta o presidente da direção da Associação Portuguesa de Software (ASSOFT), Manuel Cerqueira.

A percentagem portuguesa situa-se muito acima da média mundial, que não ultrapassa os 42 por cento, o que coloca Portugal nos lugares cimeiros de uma lista liderada pela Grécia (59 por cento) e onde constam também países como a Itália e Islândia (ambos com 49 por cento).

Os exemplos da utilização de software genuíno são o Luxemburgo (20 por cento), Bélgica e Suécia (ambos com 25 por cento). Estes números resultam de uma pesquisa levada a cabo pela Business Software Alliance Global Software Piracy e divulgada pela ASSOFT.

Os custos da utilização de software ilegal são elevados. E quantificados: 159,5 milhões de euros, ao longo do ano de 2010, com prejuízo para a indústria e para as empresas do ramo. Desse modo, o Estado perdeu, só em IVA, 36,7 milhões. A nível mundial, os números assustam: 41,2 mil milhões de euros.

A tendência em todo o mundo é, no entanto, de descida. Dos 116 países investigados, 51 mostraram tendências de decréscimo, entre os quais Portugal. Apesar de tudo, segundo resume a pesquisa, a internet, através da fácil partilha de dados que permite, continua a potenciar esta prática ilegal de uso de software pirata.

Manuel Cerqueira considera que a luta antipirataria em Portugal “revela sinais positivos”. No entanto, “há um longo caminho a percorrer”, tendo em vista um objetivo: “Atingirmos o mesmo nível dos países europeus com as taxas mais reduzidas”.

A redução em Portugal tornou-se possível graças à “maximização dos esforços de empresas”, associado ao facto de os fornecedores optarem pela pré-instalação de equipamentos. Por outro lado, o aumento da vigilância por parte das autoridades locais também permitiu combater o software pirata.

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