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Primeira-ministra, o sonho da Nobel da Paz Malala Yousufzai

Antes de receber o Nobel da Paz, hoje, Malala Yousufzai confessou ter “um dever”: “Ser primeira-ministra do Paquistão” para poder “ajudar a comunidade”. A jovem laureada assumiu a vontade de “servir o país” onde nasceu e onde foi baleada pelos talibãs.

Só hoje é que Malala Yousufzai, de 17 anos, vai receber o prémio Nobel da Paz, em Oslo, tal como o outro galardoado, o indiano Kailash Satyarthi, de 50 anos.

Antes da cerimónia oficial, que será realizada em Oslo, na Noruega, a ativista paquistanesa concedeu uma entrevista à BBC para confessar que, tal como Kennedy, ‘tem um sonho’: “Ser primeira-ministra do Paquistão”.

A jovem paquistanesa recordou o exemplo de Benazir Bhutto, a primeira-ministra que a aspirou a servir o país através da política e que foi assassinada durante a campanha eleitoral de 2007.

“Se puder servir melhor o meu país através da política e sendo primeira-ministra escolheria isso definitivamente”, assumiu Malala.

Foi no Paquistão que a estudante foi baleada, em 2012, pelos talibãs que tentavam impedir as raparigas de ir para uma escola na região do vale do Swat. Deslocada para o Reino Unido para ser submetida à cirurgia que lhe salvou a vida, Malala passou a viver (e a estudar) em terras britânicas, mas sempre manifestou o desejo de regressar ao Paquistão.

“Quero servir o meu país e o meu sonho é que o meu país se torne um país desenvolvido e que eu veja todas as crianças ter educação”, argumentou.

A jovem paquistanesa é a a mais jovem laureada de sempre com o Nobel da Paz, que este ano partilha com o indiano Kailash Satyarthi.

Atribuído desde 1901, a idade média do vencedor deste prémio é de 62 anos, mas Malala não deixa que a questão da idade a intimide: “Este prémio da Paz é muito importante para mim e deu-me muita esperança, muita coragem e sinto-me mais forte do que antes porque vejo que tenho muita gente comigo”.

“Há mais responsabilidades, mas eu também já tinha sentido a responsabilidade eu própria. Sinto que tenho de responder perante Deus e mim própria e que devo ajudar a minha comunidade”, assumiu: “É o meu dever”.

Quando a jovem paquistanesa receber o prémio vai poder ver os amigos Shazia Ramzan (de 16 anos) e Kainat Riaz (17), que sobreviveram ao mesmo ataque dos talibãs, a 8 de outubro de 2012.

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