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Partido Trabalhista fará campanha pela permanência na UE para impedir saída sem acordo

O líder do partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, anunciou hoje que o principal partido da oposição vai fazer campanha para o Reino Unido ficar na União Europeia (UE) num novo referendo ao Brexit.

A posição é o resultado de uma consulta com membros do governo sombra, deputados, sindicatos afiliados e o comité executivo do ‘Labour’ e também de militantes, mas só será aplicada se o sucessor de Theresa May tentar sair da UE sem um acordo, ou com um acordo negociado pelo partido Conservador.

“Quem quer que se torne no novo primeiro-ministro, deve ter a confiança para propor o seu acordo, ou a saída sem acordo, de volta ao povo numa votação pública”, defendeu Corbyn, numa mensagem enviada hoje aos militantes.

Nessas circunstâncias, acrescentou, “o Partido Trabalhista fará campanha para permanecer [na UE] contra uma saída sem acordo ou um acordo ‘tory’ que não proteja a economia e os empregos”.

Tanto Jeremy Hunt como Boris Johnson, os dois candidatos à liderança do partido Conservador, cargo que dará acesso à posição de primeiro-ministro, têm afirmado a determinação em implementar o Brexit até ao prazo de 31 de outubro, admitindo uma saída sem acordo se Bruxelas não aceitar negociar a controversa solução para a fronteira na Irlanda do Norte.

Corbyn lembrou que o partido aceitou o resultado do referendo de 2016, quando 52 por cento dos eleitores britânicos votaram pela saída britânica da UE, mas reconheceu que a questão do Brexit “tem sido divisiva nas nossas comunidades e, às vezes, no nosso partido também”.

Em 2017, o partido comprometeu-se a combater um Brexit sem acordo ou um acordo negociado pelo partido Conservador, defendendo a negociação uma união aduaneira com a UE e uma relação próxima com o mercado único europeu, além do alinhamento com a legislação europeia em termos laborais e ambientais.

Porém, nas negociações com o Governo para procurar um entendimento e tentar sair do impasse criado pelo chumbo do acordo de saída negociado por Theresa May, o governo britânico rejeitou a proposta porque punha em causa uma política comercial independente.

O impasse resultou num adiamento do Brexit da data inicial de 29 de março para 31 de outubro.

Entretanto, um novo primeiro-ministro deverá entrar em funções a 24 de julho, um dia após o anúncio do vencedor da eleição interna no partido Conservador.

O partido Trabalhista mantém como prioridade chegar ao Governo para resolver o Brexit, desafiando o sucessor de Theresa May a convocar a realização de eleições legislativas, porém não é clara a posição relativa a um novo referendo se ficar responsável pelas negociações com Bruxelas.

Numa conferência de imprensa na segunda-feira, o ministro para o Brexit, Stephen Barclay, discordou da ideia de um novo referendo que tenha como opção a permanência na UE porque “isso seria uma repetição do primeiro referendo”.

Lusa

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Lusa

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