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Moçambique adia ida da ENH aos mercados para financiar projetos do gás

A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) de Moçambique decidiu adiar para o final do ano a angariação de 2,3 mil milhões de dólares, que servirá para financiar a sua participação nos megaprojetos do gás natural.

“Vamos voltar aos mercados quando as condições forem mais atrativas”, disse o presidente da ENH, Omar Mitha, em declarações à agência de informação financeira Bloomberg, nas quais admite que apenas deverá ir aos mercados no final deste ano, tendo menos risco e melhores condições financeiras.

A ENH faz parte do consórcio de exploração de gás natural liderado pela norte-americana Anadarko, e ao abrigo do contrato tem de financiar a sua participação no projeto avaliado em 25 mil milhões de dólares (21,97 mil milhões de euros), o que equivale a angariar 2,3 mil milhões de dólares (cerca de 2 mil milhões de euros).

O objetivo é esperar que Moçambique, um país em incumprimento financeiro (‘default’), consiga um acordo final com os credores da dívida pública ainda este verão, o que tornaria as condições financeiras de financiamento nos mercados internacionais mais vantajosas para o Governo e para as empresas públicas, como a ENH.

“Faz sentido que queiram esperar um bocado e reestruturar a dívida antes, para a operação ter um ‘rating’ mais favorável e então refinanciar o projeto em termos mais favorável”, disse o diretor para África da consultora Eurasia, explicando que o perfil de crédito do país tornou o financiamento mais difícil.

O Governo de Moçambique já tinha emitido uma garantia soberana sobre esta operação, mas o facto de estar em incumprimento financeiro relativamente aos títulos de dívida pública, no valor de 727,5 milhões de dólares (649 milhões de euros), e não ter pagado os dois empréstimos contraídos por empresas públicas torna a ida da ENH aos mercados mais cara, por os investidores considerarem que se trata de um empréstimo de risco, tendo em conta a falta de pagamento anterior.

“Isto é independente e não tem impacto na dívida que o projeto está a contrair”, segundo a líder do projeto, a Anadarko, salientando que cada parceiro é livre de escolher como e em que moldes financiar a sua entrada no projeto.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaMoçambique

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