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Nuno Nabian avisa comunidade internacional para não fabricar presidentes na Guiné-Bissau

O candidato às eleições presidenciais guineenses Nuno Nabian deixou hoje um recado à comunidade internacional, afirmando que quem escolhe o chefe de Estado “são os guineenses”, que não deixarão que se “fabriquem presidentes”.

Num comício em Gabu, no leste do país, a cerca de 180 quilómetros da capital, Bissau, o candidato, líder da Associação do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) e apoiado também pelo Partido da Renovação Social dirigiu o recado especificamente à “CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental], à CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], à União Africana e à União Europeia”.

“Não deixaremos nunca que se fabriquem presidentes na Guiné-Bissau, têm de ser os filhos da Guiné-Bissau a votarem no Presidente de todos os guineenses”, disse.

Destacando que “a Guiné-Bissau vive um momento muito difícil”, Nuno Nabian considerou que estas eleições “serão determinantes” para “os filhos” do país e prometeu “tirar a terra da miséria em que está” se for o vencedor das eleições de 24 de novembro.

O candidato insurgiu-se ainda contra “as negociatas” de quem tenta tirar proveito pessoal dos recursos do país.

“Os recursos têm de beneficiar os nossos meninos e os nossos homens grandes. O Presidente não pode andar a fazer negociatas”, afirmou.

Questionando ainda as centenas de apoiantes sobre “quem deu o poder ao PAIGC [Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde]?”, obteve como resposta: “Nuno Nabian”, referindo-se ao apoio dado ao partido no poder que permitiu uma maioria no parlamento.

A APU-PDGB acabou por retirar este apoio, mas três dos cinco deputados do partido mantiveram-se fiéis ao acordo com o PAIGC, permitindo a continuidade da maioria.

Hoje, Nuno Nabian referiu que “o PAIGC está fragilizado e dividido” ao contrário do Partido da Renovação Social e da APU-PDGB, considerando que “a união faz a força”.

“O PAIGC não pode ganhar mais eleições na Guiné-Bissau”, proclamou.

Agradecendo a “moldura humana”, o candidato manifestou confiança de que será vencedor “à primeira volta”, para logo depois descer a fasquia, referindo que se isso não acontecer, será “certamente o primeiro da segunda volta”, prevista para 29 de dezembro.

Às eleições presidenciais guineenses concorrem 12 candidatos. A campanha termina na sexta-feira, 22 de novembro.

Lusa

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Lusa

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