O antigo ministro da Economia Manuel Pinho decidiu hoje exercer o seu direito a manter-se em silêncio na comissão parlamentar de inquérito às rendas excessivas sobre os temas em relação aos quais é considerado suspeito.
Numa declaração prévia antes da sua intervenção inicial na audição da comissão de inquérito, Manuel Pinho deixou claro que não é arguido, mas sabe que é “considerado suspeito”, considerando por isso ter “o direito ao silêncio relativamente a essa matéria alegadamente delituosa”.
“Neste momento em que o meu bom-nome já foi vilipendiado meses a fio, a conselho dos meus advogados exerço o meu direito de me manter em silêncio nesta comissão parlamentar, relativamente aos temas acima identificados, os quais são objeto de inquérito criminal em que eu sou considerado suspeito”, disse.
Ainda assim, o antigo ministro não ignora que tem “responsabilidades políticas e enquanto cidadão”, prometendo que em “momento próprio” irá “prestar esclarecimentos sobre as matérias em causa, não só às autoridades judiciárias, mas também ao país”.
“Enquanto ministro da economia agi sempre e exclusivamente em prol do interesse público, não tendo favorecido quaisquer interesses particulares, não tendo sido corrompido, nem recebido de ninguém pagamentos ou convites indevidos, sendo falso aquilo que tem sido propalado de que eu receberia uma remuneração ou uma avença do Banco Espírito Santo enquanto fui governante”, garantiu.
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