Mãe de Beatriz envia condolências à família do homicida da filha

No dia em que Rúben Couto foi encontrado morto na cela, a mãe de Beatriz Lebre envia condolências à família do homicida confesso da filha. “Quando morre uma criança ou um jovem é sempre uma perda para as famílias como para a sociedade”, realça.

Paula Lebre, mãe da jovem que foi assassinada por Rúben Couto, que confessou o crime às autoridades, reagiu à morte do jovem, encontrado sem vida na sua cela.

“As minhas condolências à família de Rúben Couto. Não é possível medir sofrimentos, mas uma morte é uma morte. Quando morre uma criança ou um jovem é sempre uma perda para as famílias como para a sociedade. É perda de património Humano. O valor da vida deve sempre ser o supremo de uma sociedade que se diz de direito e de humanos”, escreveu, num texto partilhado nas redes sociais.

Paula Lebre salienta que nunca concordou com a pena de morte. E apesar das circunstâncias da morte da filha, continua a defender a vida, “em qualquer circunstância”.

“Não só porque desejo viver numa sociedade com elevado nível civilizacional, mas também porque não havendo sistemas infalíveis prefiro um culpado livre do que um inocente no corredor da morte”, justifica.

No entanto, pede mais respeito pelas vítimas.

“Numa sociedade que não mata quem matou, deveria haver, no mínimo, mais respeito pelas vítimas. Uma sociedade que não mata quem matou nunca deveria preocupar-se em vasculhar imperfeições nas vítimas com intenção de encontrar justificação para a crueldade de um assassino”, defende.

A mãe de Beatriz insiste na defesa “imediata e incondicional” de todas as vítimas de crimes. E deixa um desejo:

“Sirva esta história para corrigir e melhorar os nossos valores”.

Rúben Couto, recorde-se, foi encontrado morto na cela do Estabelecimento Prisional de Lisboa, onde estava em prisão preventiva, depois de confessar o crime que tirou a vida a Beatriz.

O advogado de Rúben exigiu uma investigação à morte do suspeito, que poderá ter cometido suicídio.