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Juncker e o exemplo do programa de reajustamento português: “Um país que cumpre não é recompensado”

O presidente do Eurogrupo, falando no Parlamento Europeu pela última vez, admitiu ter proposto, “no caso de Portugal, um reajustamento no que toca às condições financeiras e orçamentais” do ajustamento, lamentando quando “um país que cumpre não é recompensado”.

Jean-Claude Juncker admitiu ontem no Parlamento Europeu, onde esteve pela última vez enquanto presidente do Eurogrupo, que tentou negociar condições mais favoráveis para o pagamento do resgate por parte de Portugal. O mesmo alto dirigente que, “numa sala escura”, admitiu que o alívio concedido à Grécia seria igualado para o programa português (versão que mais tarde negou), citou claramente o exemplo nacional aos eurodeputados: “um país que cumpre, atualmente, não é recompensado”.

“Propus, no caso de Portugal, um reajustamento no que toca às condições financeiras e orçamentais que acompanham o ajustamento”, asseverou Jean-Claude Juncker, na comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, quando respondia a uma questão colocada pela eurodeputada portuguesa Elisa Ferreira.

Revelando que ele próprio tem “muitas interrogações sobre o ritmo de ajustamento que tem sido aplicado a alguns países da zona euro”, o presidente do Eurogrupo mostrou-se favorável a uma política que recompense os países que cumprem os programas conforme eles são exigidos pela troika, reportando-se explicitamente ao caso de Portugal.

“Estamos melhor”

“Se as orientações europeias forem seguidas, poder-se-ão compensar os esforços de todos aqueles que cumprem os programas”, insistiu Juncker, quando confrontado por outro eurodeputado nacional, Diogo Feio, embora sem revelar que recompensas propõe: “não vou dizer que compensações deverão ser atribuídas aos Estados-membros que tenham cumprido, como a Grécia e Portugal fazem, os programas de austeridade”.

Na despedida do cargo, o presidente do Eurogrupo fez um balanço do trabalho realizado em 2012 em prol da moeda única, sublinhando que agora, “no início de 2013, estamos numa situação francamente melhor do que há um ano atrás”. Ainda assim, os próximos anos serão “muito difíceis” e a “resolução dos problemas vai exigir muita coragem política”, com ênfase para o esforço de, “acima de tudo, manter todos os Estados na zona euro”.

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