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Jonet critica desempregados que ficam “dias agarrados ao Facebook”

Para Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar, nada pior para os desempregados do que as redes sociais. Numa entrevista à Rádio Renascença, Jonet lamenta que as pessoas desempregadas fiquem “dias inteiros agarradas ao Facebook”, “agarradas a amigos que não existem” e a uma vida de “ilusão”. Considera ainda que não há mais margem para cortes de pensões e de salários.

Isabel Jonet concedeu uma entrevista à Renascença, onde abordou a problemática da pobreza e o fenómeno do aumento do desemprego. Para a presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, não há nada pior do que as redes sociais para as pessoas que perdem o emprego.

“O pior inimigo dos desempregados são as redes sociais. As pessoas ficam desempregadas e ficam dias inteiros agarradas ao Facebook, a jogos, a amigos que não existem”, critica Jonet, que considera que aqueles espaços não são mais do que o acesso a uma “vida de total ilusão”.

Para a presidente do Banco Alimentar, as pessoas devem desligar-se desse mundo, sair das suas casas e adotarem uma vida ativa, procurando oportunidades e vivendo num mundo real.

O voluntariado, para Jonet, não sendo a solução para quem procura emprego, pode ser uma forma das pessoas interagirem. E a atividade, nos desempregados, assume grande importância, já que por vezes é a forma de encontrar uma oportunidade de trabalho.

Na entrevista à Renascença, Isabel Jonet comentou os dados recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, segundo os quais quase um quinto da população portuguesa enfrenta risco de pobreza.

São números que resultam das perdas de apoios sociais de famílias em situação económica grave: “Há uma nova classe de pessoas, que estão afastadas do mercado de trabalho, apesar de serem jovens. E há trabalhadores pobres”.

Nesse sentido, Isabel Jonet considera que o Governo não tem mais margem para cortes de pensões e de salários, sob pena de se acentuar o fenómeno de pobreza que leva a que cada vez mais pessoas procurem a ajuda do Banco Alimentar e de outras instituições de apoio.

“As pessoas não aguentam mais”, salienta a responsável: “Há limites que não se podem ultrapassar”, sustenta Jonet, que vê o fim da crise muito longe. E os efeitos desta crise só não são mais graves porque Portugal tem uma rede de instituições capazes de evitar a rutura social de um país cada vez mais pobre.

Recentemente, as redes sociais foram precisamente o palco de revolta, devido a declarações de Isabel Jonet, que considerou que os portugueses devem “empobrecer”.

“Vamos ter de empobrecer e reaprender a viver mais pobres. Estamos a empobrecer porque vivíamos acima das nossas possibilidades. Há uma necessidade permanente de consumo”, disse. Recorde essas palavras de Isabel Jonet:

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