General Motors responde por defeitos de fabrico perante as autoridades americanas

A General Motors está a ser alvo de um intenso inquérito por parte das autoridades norte-americanas devido a defeitos de fabrico, que terão provocado, pelo menos, uma dúzia de mortes e 31 acidentes de viação, obrigando à recolha de 1,6 milhões de automóveis

Um caso grave que inclusivamente levou até ao Congresso dos Estados Unidos a presidente do construtor de Detroit, Mary Barra. Em causa estará, para além dos danos, a ocultação da situação numa altura em que a GM foi salva da bancarrota pelo governo norte-americano.

A situação não é nova na indústria automóvel nos Estados Unidos, com casos de deficiência de fabrico no Ford Esplorer Sport, que tinha princípios de incêndio, ou dos Toyota Prius, obrigada a recolher milhões de exemplares, depois de acidentes devido a uma súbita aceleração do veículo.

Uma investigação por parte da Autoridade de Trânsito americana a uma dúzia de mortes por acidentes rodoviários apontou para uma deficiência nos sistema de ignição de modelos da General Motors. Mas uma comissão independente terá apurado que as mortes de ocupantes nos bancos dianteiros causadas pelo defeito poderão ascender às 303.

As recolhas da GM foram ordenadas em Fevereiro e afetam 1,4 milhões de carros dos modelos Saturn Ion fabricados entre 2003 e 2007, Chevrolet HHR (de 2006 e 2007), Pontiac Solstice (de 2006 e 2007), Saturn Sky (de 2006 e 2007), Chevrolet Cobalt e Pontiac G5 fabricados entre 2005 e 2007.

A ignição defeituosa tornou possível que o joelho do condutor a desligasse ao tocar na coluna da direção, desarmando os sistemas de segurança como a direção assistida, o ABS e os airbags.