Federação de Atletismo demarca-se do Benfica: “Não compramos atletas”

O presidente da FPA defendeu Nelson Évora, que tinha criticado a “compra” de atletas por parte do Benfica, mas admitiu que o cubano Pedro Pablo Pichardo venha a competir em breve por Portugal.

A polémica foi reaberta por Nelson Évora após a conquista do título europeu de triplo salto, em Berlim.

Sem se referir a Pichardo, atleta cubano que desertou, assinou pelo Benfica e adquiriu em oito meses a nacionalidade portuguesa, o campeão europeu criticou a aposta na “compra” de atletas.

“O segredo passa por fazer os nossos acreditarem que podem chegar ao sucesso. Não passa por comprar atletas, naturalizar atletas, porque isso é algo ridículo”, afirmou o campeão europeu.

Pichardo, que para a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) ainda tem ‘apenas’ a nacionalidade cubana, reagiu de forma irónica.

Nas redes sociais, o recordista nacional afirmou que Nelson Évora só ganhou o Europeu porque… ele (Pichardo) não foi autorizado pela IAAF a competir por Portugal.

Sem a minha presença é fácil. Campeão!”, ironizou Pichardo.

O caso foi relatado por um comentador da RTP durante a final do triplo salto, levando o Benfica a criticar, em comunicado, o comportamento “xenófobo e racista” de Luís Lopes.

Agora, foi a vez de reagir o presidente da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), que negou ter estado na origem da naturalização ‘a contra-relógio’ de Pichardo.

“A Federação não comprou nenhum atleta, não fomos nós que o fomos buscar. Há Federações que o fazem, compram atletas, esse não é o nosso caso”, garantiu Jorge Vieira.

Em declarações ao Diário de Notícias, o dirigente admitiu que, estando naturalizado, Pichardo “pode representar” Portugal.

Ficou, porém, o aviso: o cubano terá de respeitar a “cultura” portuguesa, não cedendo a “picardias” como a ‘story’ a provocar Nelson Évora.

“Fiquei desgostoso. Só pode acontecer por parte de um atleta que não conhece a nossa cultura. A opinião é livre, mas há limites e ele vai ter de perceber isso”, alertou Jorge Vieira: “Temos uma seleção feita de harmonia e amizade, atletas que aqui esquecem os clubes que representam. Eu não gostaria que num futuro breve exista uma seleção desequilibrada”.

Recorde-se que o próprio Nelson Évora é naturalizado. Nascido em Cabo Verde, veio para Portugal com cinco anos e pediu a nacionalidade aos 18 anos.

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