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“Eu no PS nunca criei grupos”, garante Assis

Francisco Assis, antigo secretário-geral do PS, admitiu entrar na corrida à sucessão de António Costa e recusou, para já, dar qualquer apoio a Pedro Nuno Santos.

Depois do ministro das Infraestruturas ter criticado o partido por não ter dado indicação de voto nas últimas presidenciais, quando tinha a militante Ana Gomes na corrida a Belém, Assis optou por se manter na reserva, salientando que “o PS não tem nenhum processo de escolha de um novo líder em curso”.

Quando abrir a corrida à sucessão de António Costa, Assis até poderá entrar numa corrida em que já é dado como adquirido que vai contar com Pedro Nuno Santos.

“Pelos vistos, todos sabemos que Pedro Nuno Santos se vai candidatar. Eu próprio não sei se o vou fazer ou não vou fazer”, respondeu o antigo secretário-geral do PS.

“Eu não tenho certezas nenhumas neste momento, porque não sei o que vai acontecer daqui a uns anos. No momento em que se colocar essa questão, eu e todos os demais terão que proceder a uma avaliação”, insistiu.

Ainda a propósito da eventualidade de entrar na corrida à sucessão de António Costa, Francisco Assis salientou ter “dificuldade” em criar um “grupo” dentro do aparelho socialista.

“Eu no PS nunca criei grupos. Fui presidente da Federação do Porto e nunca criei um grupo a partir do Porto. Confesso que tenho alguma dificuldade nesse tipo de vida partidária, a criar grupos, construir pequenos exércitos. É uma característica que tenho e que porventura me pode impedir (na altura impediu) de desempenhar determinadas funções”, admitiu.

O antigo líder socialista frisou que o partido deve debater internamente as divergências, sem que depois “haja uma lógica de exclusão de quem fica derrotado num congresso”.

“Isso é que eu acho que é um erro. Não tenho uma visão de direções monolíticas. Há uma linha de orientação que prevalecerá, mas devemos todos fazer um esforço para integrar na direção do partido ou num eventual Governo personalidades que pensam de maneira ligeiramente distinta uns dos outros, mas se reconhecem no essencial”, sustentou, em entrevista à Renascença.

Sobre as críticas de Pedro Nuno Santos ao partido devido às presidenciais, Assis optou por elogiar o desempenho de Ana Gomes.

“A candidata revelou uma extraordinária coragem ao apresentar-se. Ela sabia de antemão que não teria possibilidades de ganhar. E teve coragem de avançar mesmo sabendo que não contava com o apoio do seu partido e fê-lo em nome dos valores fundamentais da República e do nosso modelo democrático. Foi um gesto de afirmação de um grande compromisso cívico que ficará registado para a posteridade”, finalizou.

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