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Duarte Lima: “Investigação à morte de Rosalina é feita por encomenda”

Acusado da morte de Rosalina Ribeiro, Duarte Lima encerrou o silêncio, em declarações à RTP. O advogado fala de “investigação por encomenda”, com “acusação preconcebida”. Duarte Lima garante que se deslocou ao Brasil “a pedido de Rosalina” e acusa a polícia de nunca o ouvir durante o inquérito. E conta um episódio em que foi ameaçado.

O advogado português que está detido em Portugal por crimes fiscais prestou declarações por escrito à RTP, no âmbito de um trabalho jornalístico que a televisão pública está a realizar. Foram colocadas questões à defesa, mas Duarte Lima preferiu responder pelo seu punho, por escrito.

O advogado volta a criticar as autoridades brasileiras e sente que estava condenado mesmo antes de se concluir o processo. Fala em “investigação por encomenda” e “factos por medida”, que visavam apenas a sua condenação.

Duarte Lima sustenta, desse modo, que a Justiça brasileira estava “pouco preocupada” com a descoberta da verdade. O principal suspeito da morte de Rosalina Ribeiro (segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro) faz uma acusação velada a Olímpia Feteira, filha de Thomé Feteira. Sem precisar nomes, aponta que havia “interessados evidentes em Portugal” na morte de Rosalina.

Mas as acusações aos investigadores brasileiros prosseguem: Duarte Lima considera que foi montado “um circo mediático” que teve como objetivo condená-lo. Lamenta “fugas de informação” sucessivas, para órgãos de informação que acompanharam o caso de perto, suscitando, na opinião pública, a ideia de que o culpado do crime estava encontrado.

O português recorda ainda um episódio ocorrido em 2009: um advogado tentou que Duarte Lima convencesse Rosalina a “negociar um acordo”, sob pena de, caso essa renegociação não ocorresse, a vida de Duarte Lima “seria transformada num inferno”.

O advogado português explica ainda que Rosalina Ribeiro solicitou a sua presença no Brasil. E essa “não foi a única” vez que o pedia. “Como seu advogado, competia-me sempre corresponder”, sustenta Duarte Lima, que considera “bizarro” nunca ter sido ouvido pela polícia: “Em Portugal, não é possível ser constituído arguido – muito menos acusado – sem ser ouvido”.

E quem realmente teria interesse na morte de Rosalina Ribeiro? Duarte Lima considera que os advogados de Rosalina que a representam num processo sucessório relevante “não beneficiaram com a sua morte”.

Sem querer acusar ninguém “não tendo provas”, Duarte Lima afirma que “a investigação serve os interesses” de Olímpia Feteira e foi “moldada aos seus desejos”.

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