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“Birra” na coligação leva Fernando Ulrich a sugerir o regresso do ‘bloco central’

Fernando Ulrich considera que “seria péssimo” se a coligação do Governo entrar em rutura. “Parece que há uma birra”, disse o presidente do BPI, numa entrevista à RTP em que sugeriu o regresso do ‘bloco central’: “o PSD não tem necessariamente que se aliar ao CDS, também se pode coligar com o PS”.

Pode o PS substituir o CDS, caso o partido de Paulo Portas resolva sair da coligação? A hipótese deixada por Fernando Ulrich, presidente do BPI, vem na sequência de uma outra proposta polémica: “enquanto a situação for tão difícil”, as eleições legislativas poderiam ser de dois em dois anos, o que significaria novo sufrágio em maio do próximo ano. Aí, o ‘bloco central’ seria a melhor solução, no entender do banqueiro. 

“O PSD não tem necessariamente que se aliar ao CDS. Também se pode coligar com o PS. Não me parece que as diferenças que existem entre todos sejam assim tão grandes. É melhor porem-se todos de acordo e ir a eleições em maio”, admitiu.

Isto porque um mandato de quatro anos, perante um quadro social tão desgastado, acaba por proporcionar demasiados riscos de crises políticas, considerou Ulrich: “se calhar, numa situação tão pressionante como esta, o que faria sentido era fazer eleições de dois em dois anos em vez de quatro em quatro. A maneira de ultrapassar isso é fazer eleições em maio ou junho, quando se completam dois anos sobre as últimas eleições”.

“Seria péssimo uma situação em que o Governo cai ou em que um partido sai da coligação. Parece que há uma birra, em que alguém diz ‘se não me deixas fazer isto então vou-me embora’. Isso é péssimo para o País do ponto de vista interno e externo. Seria ridículo e descredibilizaria todos, o País e também para aqueles que o provoquem”, argumentou.

Paulo Portas corre o risco de perder “toda a credibilidade” se o CDS abandonar a coligação, pois, “sendo ministro dos Negócios Estrangeiros, tem obrigação de ter toda a informação sobre a situação internacional e todas as condicionantes externas que Portugal sofre”, enquanto Passos Coelho “foi uma surpresa positiva”, embora as atitudes mais recentes tenham deixado Ulrich “perplexo”.

“Desde o dia 7 de setembro que estou perplexo com a forma como uma série de assuntos tem sido conduzida. Estou numa fase em que não percebo o que aconteceu, o que foi anunciado e como foi anunciado antes de um jogo da seleção de futebol. Fiquei logo irritado e mal impressionado”, revelou o presidente do BPI.

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