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Zuckerberg assume culpa de abuso de Cambrigde Analytica ante Senado dos EUA

O presidente e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, assumiu hoje a culpa ante o Senado dos Estados Unidos pelo abuso da Cambridge Analytica, que utilizou dados de milhões de utilizadores da rede social para a campanha eleitoral de Trump.

Zuckerberg, que afirmou não ter a Cambridge Analytica medido adequadamente “a responsabilidade” de fornecer dados de forma ilegal para a campanha eleitoral do Presidente dos Estados Unidos, em 2016, vincou que “isso foi um grande erro”.

“Foi o meu erro e sinto muito”, disse o presidente e fundador do gigante tecnológico, na audição do comité de Justiça do Senado norte-americano.

Mark Zuckerberg participa hoje na primeira de duas audições. A primeira é no Senado e na quarta-feira é ouvido na comissão de Comércio e de Energia da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso).

O Facebook está no centro de uma polémica internacional associada com a empresa Cambridge Analytica, acusada de ter recuperado dados de milhões de utilizadores daquela rede social, sem o seu consentimento, para elaborar um programa informático destinado a influenciar o voto dos eleitores, nomeadamente nas eleições que ditaram a nomeação de Donald Trump para a Casa Branca e no referendo sobre o ‘Brexit’ (processo de saída do Reino Unido da União Europeia).

Inicialmente foi avançado que o número de utilizadores afetado rondava os 50 milhões. Dias mais tarde, o Facebook admitiu que o número ascendia aos 87 milhões de utilizadores.

Na véspera do início destas audições no Congresso norte-americano, as agências internacionais citaram um texto no qual Mark Zuckerberg assume que foi um “erro pessoal” ao não ter feito o suficiente para combater os abusos que afetaram a rede social, lançada em 2004.

“Não fizemos o suficiente para impedir que estas ferramentas fossem mal utilizadas (…). Não tomámos uma medida suficientemente grande perante as nossas responsabilidades e foi um grande erro. Foi um erro meu e peço desculpa”, segundo o texto que Zuckerberg irá transmitir ao Congresso, citado pelas agências internacionais.

Na sequência deste escândalo, outros órgãos nacionais e internacionais solicitaram a presença de Mark Zuckerberg para prestar esclarecimentos. Foi o caso do Parlamento Europeu e do Parlamento do Reino Unido. Nos dois casos, o convite foi, até à data, recusado.

Na sexta-feira, a Comissão Europeia afirmou ter tido indicações do Facebook que dados de “até 2,7 milhões” de utilizadores daquela rede social a residir na União Europeia poderiam ter sido transmitidos de “maneira inapropriada” à empresa britânica Cambridge Analytica.

Em Portugal, o número de utilizadores afetados poderá rondar os 63.080.

Lusa

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Lusa

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