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Wall Street fecha em baixa com Trump a pôr Nasdaq e S&P500 no pior nível do ano

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, no final de uma semana agitada, marcada pelo relançamento do conflito comercial com Pequim, por Donald Trump e pelas dúvidas sobre a política monetária da Reserva Federal (Fed).

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,37 por cento, para os 26.485,01 pontos.

O tecnológico Nasdaq recuou 1,32 por cento, para as 8.004,07 unidades, e o alargado S&P500 desvalorizou 0,73 por cento, para as 2.932,05.

No conjunto da semana, o Dow Jones contraiu 2,6 por cento, no que foi a sua pior semana desde o fim de maio. Já o tecnológico Nasdaq e o alargado S&P500, ao recuarem 3,9 por cento e 3,1 por cento, respetivamente, registaram a pior semana do ano.

A escalada de tensões entre Washington e Pequim, iniciada na quinta-feira por Donald Trump, com mensagens na rede social Twitter, anunciando novas taxas sobre a importação de produtos chineses, pesou sobe o conjunto dos mercados acionistas, de Tóquio a Nova Iorque.

Os investidores receiam sobretudo que as novas taxas afetem diretamente a carteira dos consumidores norte-americanos e, assim, a primeira economia mundial, que assenta no consumo privado – e, por ricochete, a economia internacional.

Os ativos considerados mais seguros, como as obrigações do Tesouro dos EUA, tiveram um interesse acrescido dos investidores, com a taxa de juro da dívida pública a 10 anos a recuar, cerca das 21.15 de Lisboa, para os 1,845 por cento, no que é o seu nível mais baixo desde 2016.

“É difícil medir o impacto económico” das novas sanções comerciais, considerou Christopher Low, da FTN FInancial.

“Como o chefe da Fed, Jerome Powell, destacou na quarta-feira, as perspetivas da economia norte-americana estão ligadas ao que se vai passar no resto do mundo, o que, de momento, é um grande mistério”, detalhou.

Em particular, a economia europeia, que tem um grande peso das exportações, poderia sofrer com o conflito sino-norte-americano.

As multinacionais norte-americanas poderiam, por sua parte, decidir repercutir as taxas suplementares nos seus clientes, encaixar o agravamento fiscal reduzindo os seus lucros ou modificar as suas cadeias de aprovisionamento. Mas “isto custa caro e não se faz de um dia para o outro”, observou Shawn Cruz, da TDAmeritrade, para quem o conflito comercial vai afetar provavelmente as empresas nos terceiro e quarto trimestres.

Esta nova situação altera todas as conjeturas sobre as futuras decisões da Fed, que poderia ser conduzida a agir mais vivamente que previsto para apoiar o crescimento da economia.

A este respeito, os números do emprego nos EUA relativos ao mês de julho vieram testemunhar que a perda de velocidade do crescimento da economia já se começou a sentir.

De facto, apesar de a taxa de desemprego se ter mantido estável, nos 3,7 por cento, a criação de emprego mensal diminuiu para 164 mil em julho, dos 193 mil em junho.

Já o salário horário médio aumentou 3,2 por cento, em termos anuais, o que favoreceu o consumo das famílias.

Lusa

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Lusa

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