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Von der Leyen diz que clima é questão existencial e lembra incêndios em Portugal

A presidente eleita da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, afirmou hoje, perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo, que o clima é “uma questão existencial para a Europa e o mundo”, e lembrou os incêndios florestais em Portugal.

Na sua intervenção perante os eurodeputados antes de o Parlamento Europeu votar o conjunto do seu colégio – que, se for aprovado, entrará em funções já no próximo domingo, 01 de dezembro -, Von der Leyen garantiu que o combate às alterações climáticas será uma das grandes prioridades do seu mandato (2019-2024), pois “não há um instante a perder”, e defendeu que a Europa deve assumir um papel de liderança à escala global.

“Se há uma área em que o mundo precisa da nossa liderança é na proteção do nosso clima. Esta é uma questão existencial para a Europa e para o mundo. Como pode não ser existencial quando 85 por cento das pessoas em situação de pobreza extrema vivem nos 20 países mais vulneráveis às alterações climáticas? Como pode não ser existencial quando vemos Veneza submersa, as florestas de Portugal em chamas ou as colheitas na Lituânia reduzidas a metade devido à seca?”, afirmou.

Von der Leyen acrescentou que estes fenómenos “já aconteceram anteriormente, mas nunca com esta frequência ou intensidade”.

“Não temos um momento a perder. Quanto mais rapidamente a Europa agir, maiores serão as vantagens para os nossos cidadãos, a nossa competitividade e a nossa prosperidade”, disse, defendendo que o Acordo Verde Europeu – pasta atribuída ao seu vice-presidente executivo Frans Timmermans – é essencial para “a saúde do planeta e das pessoas”, bem como da economia europeia.

“O Acordo Verde Europeu é a nossa nova estratégia de crescimento. Ajudar-nos-á a reduzir as emissões ao mesmo tempo que criamos postos de trabalho. No seu cerne estará uma estratégia industrial que permitirá às nossas empresas, grandes e pequenas, inovar e desenvolver novas tecnologias, ao mesmo tempo que criará novos mercados”, disse.

Antes da votação do conjunto do colégio, a presidente eleita da Comissão – que já foi aprovada pela assembleia europeia em julho, com somente mais nove votos que a maioria necessária – está a ter um debate com os eurodeputados, sobre a sua equipa e programa.

Depois do debate, cada grupo político reunir-se-á brevemente para decidir o sentido de voto.

O novo executivo comunitário vai ser votado pela assembleia às 12:00 locais (11:00 de Lisboa), necessitando da maioria dos votos expressos, o que deverá conseguir, dado ter o apoio das três grandes famílias políticas europeias, o Partido Popular Europeu, os Socialistas e Democratas e o grupo do Renovar a Europa (Liberais).

Lusa

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