Depois de participar na reunião do Ecofin, que junta os ministros das Finanças dos países da União Europeia, Vítor Gaspar adiantou que não pretende adiar os cortes na despesa do Estado, em nome da sustentabilidade das finanças públicas.
Em causa está o corte de 4000 milhões de euros, que o Governo pretende aplicar no próximo ano, num cenário que não colhe o apoio do líder do principal partido da oposição. E este pormenor é importante, já que Portugal necessita de estabilidade política.
Vítor Gaspar revelou, por outro lado, que não está preocupado com a perda de popularidade que as suas medidas provocam. Ou seja, os cortes da despesa do Estado não são travados com ações de rua, como a manifestação do dia 2 de março.
O ministro das Finanças coloca no topo das prioridades o cumprimento das metas contratualizadas no memorando de entendimento, o que não será conseguido se o Estado não eliminar despesa. E essa decisão não pode ser adiada, segundo Vítor Gaspar.
O Diário Económico confrontou Gaspar com a possibilidade de os cortes de despesa não serem aplicados em 2014, mas serem alargados a um prazo superior, de forma a que a economia não sofra efeitos de austeridade adicional. O ministro das Finanças explica que a “sustentabilidade das finanças públicas” obriga a que as medidas avancem já no próximo ano.
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