Iwao Hakamada, condenado à morte por enforcamento em 1968, no Japão, pode não ter sido o culpado dos assassinatos, em 1966, que lhe foram imputados.
Os testes de ADN e outros exames recentes deixaram a dúvida sobre a efetiva culpa deste japonês que, aos 78 anos, detém o ‘título’ de mais velho condenado à morte.
O Tribunal de Shizuoka recorreu à máxima jurídica ‘in dubio pro reo’, ou seja, todo o arguido é inocente até que seja provado o contrário.
“O tribunal suspendeu a pena capital a que foi condenado este homem”, adiantou uma fonte jurídica citada sem identificação pelas agências internacionais.
Neste caso em particular, o tribunal ordenou a realização de um novo julgamento, o que permitiu à defesa de Iwao Hakamada apresentar um pedido de libertação imediata.
O ex-condenado e agora novamente arguido foi detido em 1966, quando trabalhava numa fábrica de processamento de soja, pela suspeita de ter assassinado o patrão, a esposa do mesmo e os dois filhos do casal.
Dois anos após a detenção, foi condenado à morte por enforcamento, no Japão, a única democracia, a par dos EUA, onde ainda vigora a pena capital.
Em 1980, passou para o ‘corredor da morte’, num país onde 129 presos, segundo os dados do Ministério da Justiça, aguardam pela execução.
Iwao Hakamada declarou-se culpado dos assassinatos, na fase de interrogatório, mas em tribunal alegou ter assinado essa confissão sob coação policial.
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