Vídeo: “Portugal não deixou entrar comboio de ajuda contra incêndios”, acusam bombeiros galegos

Um grave incidente diplomático manchou a resposta contra o incêndio de Pedrógão Grande. Uma coluna de 60 bombeiros galegos especializados em fogos florestais e equipada com dois camiões cisterna foi travada na fronteira, denuncia a Xunta de Galicia. O motivo? “Não podemos permitir que passe mais ajuda”.

A situação foi revelada pelo jornal El Correo Galego. Dois camiões cisterna, cada qual com 30 mil litros de água, e 60 bombeiros altamente especializados ficaram bem longe de Pedrógão Grande por falta de resposta das autoridades portuguesas.

“É uma sensação agridoce. Estávamos conscientes da situação que se passava em Portugal e estávamos prontos a intervir e a ajudar as populações, mas por uma questão burocrática impediram-nos de ir combater um grave problemas que ceifou tantas vidas”, lamentou um dos bombeiros galegos retidos em Valença, citado pelo jornal espanhol.

Enviados pelos serviços florestais da Consellería Medio Rural, os bombeiros galegos não queriam acreditar na desculpa que lhes foi dada para não serem autorizados a passar a seguir rumo a Pedrógão Grande.

“Não temos meios para coordenar tanta gente. Estamos sobrecarregados e não podemos permitir que passe mais ajuda”, terão dito os responsáveis portugueses, não identificados no artigo do El Correo Galego.

Para a sensação de incredulidade contribuiu também a rapidez com que os bombeiros galegos se mobilizaram para responder a uma ocorrência no país vizinho, Portugal. Segundo a Xunta de Galicia, os bombeiros florestais foram contactados durante a noite e, cerca de dez horas após o início da mobilização, “mais de 60 agentes e técnicos florestais, equipados com dois camiões cisterna, uma dezena de motobombas, um posto de comando avançado e todo o material necessário para atuar” no incêndio de Pedrógão Grande ficaram retidos em Valença… por motivos burocráticos.

“Agradecemos a boa vontade, mas hoje não é possível. Daqui a algumas horas talvez vos possamos chamar para distribuir da melhor forma todos os meios”, terão acrescentado as autoridades portuguesas, mesmo depois dos bombeiros galegos se terem disponibilizado para “ajudar nos trabalhos de rescaldo, já que não nos querem na primeira linha” de combate ao fogo.

Veja os vídeos:

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