O Governo da Ucrânia tem cada vez menos dúvidas de que houve mão criminosa na explosão, ontem, de um dos gasodutos que ‘alimenta’ a União Europeia, na região de Poltava.
Depois de ontem ter admitido a possibilidade de se tratar de “uma sabotagem russa”, o ministro do Interior ucraniano, Arsen Avakov, foi ainda mais longe: apresentou um relatório que refere um “artefacto explosivo” como a causa de “duas explosões.
“Presumimos que o artefacto explosivo foi colocado sob um bloco de cimento de sustentação do gasouto e que houve duas explosões”, salienta o texto do documento, que refere ainda uma acusação implícita à Rússia: “nós estamos a estudar as circunstâncias [do incidente] e a interferência externa é a principal causa que estamos a analisar”.
Durante a resposta à explosão do gasoduto de Urengoi-Pomary-Ujgorod, que não abastece a Ucrânia (tem origem na Sibéria e destina-se ao transporte de combustível para vários países da União Europeia), as equipas de emergência tinham adiantado como hipóteses uma fuga ou uma despressurização de uma junta de vedação.
A explosão, que não provocou vítimas nem afetou o fornecimento de combustível à Europa, ocorreu um dia depois da Rússia ter anunciado que vai cortar o fornecimento de gás à Ucrânia.
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