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Guaidó admite que Governo não controla as Forças Armadas da Venezuela

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, o opositor Juan Guaidó, insistiu hoje que o Governo de Nicolás Maduro “não controla” as Forças Armadas e solidarizou-se com os militares que estão a ser vítimas de perseguição pelo regime.

“Eles [Governo] sabem que não podem continuar contando convosco [militares] para sustentar este regime de miséria. Por isso, o empenho em vigiá-los e persegui-los através de pessoal estrangeiro e o afã de destruir o Exército profissional, para o substituir por políticos em armas que não defendem a República, mas um projeto pessoal”, afirmou Juan Guaidó.

Num comunicado dirigido às Forças Armadas Venezuelanas, o líder da oposição insiste que “eles sabem, e por isso temem, que não só perderam o respeito do povo e da comunidade internacional, mas a outrora instituição militar com que contavam”.

“Isto [transição] é irreversível. E eles sabem-no. Por isso devemos aprofundar a organização da operação Liberdade, que é a verdadeira ação democrática e libertadora, cívico-militar”, afirma Guaidó.

Operação Liberdade é o nome que Guaidó, que se autoproclamou presidente do país, atribui ao processo para o fim da usurpação de poderes, criação de um governo de transição e eleições livres.

Segundo o parlamentar, hoje, as Forças Armadas Venezuelanas, têm “os maiores níveis de deserção da sua história, com uma sobrecarga imensa de trabalho em todas as suas unidades, o pior desempenho operacional e nenhum militar tem tranquilidade pessoal nem familiar mesmo reformado”.

Por outro lado, Guaidó denunciou que “muitos militares” são perseguidos, estão presos, no exílio ou na clandestinidade, adiantando que vários “foram sequestrados pelas forças da ditadura, violando todo o princípio fundamental da justiça e dos direitos humanos”.

No comunicado, o líder da oposição referiu ainda que, sendo a Venezuela um país que tem “as principais reservas petrolíferas do mundo, tem o seu povo a passar longas horas na fila para conseguir gasolina, enquanto o regime cubano saqueia os recursos e dirige a perseguição a militares patriotas”.

“Todos nós, mas especialmente quem usa uniforme militar, devemos perguntar-nos o que fizemos para chegar até aqui e, ainda mais importante, o que faremos para encontrar uma solução”, alertou.

Guaidó apelou ainda aos militares para que continuem o trabalho, a organização e aprofundem os preparativos para a operação Liberdade.

Lusa

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Lusa
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