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Vão fazer um aborto noutro país e narram a ‘aventura’ com diretos no Twitter

Um casal impedido (por lei) de abortar na Irlanda atravessou o mar para o fazer em Inglaterra. E contaram tudo no Twitter para criticar a lei e o Governo.

A lei do aborto na Irlanda ainda tem várias restrições. Uma mulher que esteja em risco de vida pode interromper a gravidez, mas já está proibida de o fazer no caso do feto apresentar uma malformação genética que impeça qualquer qualidade de vida.

É o caso da síndrome de Edwards. A grande maioria dos bebés com trissomia do cromossoma 18 morre antes de completar 1 ano de vida e são muito raros os que chegam aos 4 anos.

Um casal que ficou eufórico com a notícia da gravidez, “após várias tentativas”, viu o mundo desabar quando os médicos confirmaram a trissomia 18 no feto. Só que, por lei, não podiam abortar na Irlanda, pois não era a vida da mãe que estava em risco.

Às primeiras horas de ontem, o casal meteu-se num táxi em direção a um aeroporto, de ondem partiram para Inglaterra. O objetivo da viagem? Interromper a gravidez numa clínica, algo que o país natal não lhes permite, mas que é legal do outro lado do mar da Irlanda.

O caso tornou-se mediático porque o casal, ao longo da viagem, foi contando o que se estava a passar e porque tinham tomado tal opção.

“Nunca tínhamos ouvido falar da síndrome de Edwards até que nos disseram que o bebé, se chegasse a vir ao mundo, só teria minutos ou poucas horas de vida”, dizia uma das primeiras mensagens publicadas no Twitter.

“Um procedimento simples que devia ser realizado em segurança num ambiente clínico que fica a 20 minutos de nossa casa obriga-nos a viajar para o Reino Unido”, frisou o casal, noutro dos tweets que mais reações geraram.

“O Governo continua a meter-nos porta fora e as pessoas têm de decidir se querem que isto continue”, concluiu o casal: “Esperamos que ao documentar esta experiência possamos ajudar outras pessoas que tenham a infelicidade de, no futuro, ter de fazer o mesmo”.

A Irlanda já foi alvo de um relatório severo das Nações Unidas, a condenar “o tratamento discriminatório, cruel e inumano”, depois de uma mulher “ter sido forçada a escolher entre dar à luz, sabendo que o bebé não ia sobreviver, ou ter de viajar para o estrangeiro” para poder abortar.

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