O médico Germano de Sousa manifestou-se preocupado com a ‘corrida’ aos testes rápidos de diagnóstico da covid-19 motivada pela proximidade do Natal.
“Vão aparecer imensos falsos negativos”, avisou o antigo bastonário da Ordem dos Médicos e responsável por uma rede de laboratórios, em entrevista à Rádio Observador.
Germano de Sousa explicou que os testes rápidos “servem para situações de sintoma”, pelo que o recurso aos mesmos antes do Natal vai dar uma falsa sensação de segurança.
“Não dão segurança quanto à pessoa ser portadora do vírus e infecciosa, não sabe e pode transportar o vírus para a família”, insistiu.
O médico recomentou o teste PCR (com zaragatoa), que “dá bastante mais garantias se for feito dois, três dias antes” do Natal.
O antigo bastonário aconselhou as pessoas a não facilitarem nas medidas de precaução, pois é possível alguém estar infetado mesmo que o teste tenha acusado negativo.
“Se a pessoa for contagiada hoje pode não acusar positivo amanhã, é necessário que o vírus se multiplique e atinja uma determinada taxa”, complementou.
“Tendo em conta a vaga que estamos a viver, as medidas deveriam ser mais apertadas. Preferia ver um Natal com menos gente, temo que nos venhamos a arrepender”, concluiu.
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