Urban: Seguranças usam agressões planeadas ao pormenor

As várias denúncias de agressões por parte dos seguranças da Urban Beach revelam um padrão de ataque. A forma como os incidentes começam, se desenrolam e terminam é quase sempre a mesma.

Seja por denúncia escrita, seja por vídeos (e mais abaixo é revelado porque estes são raros), as movimentações dos seguranças desta polémica discoteca de Lisboa são já um clássico.

Tudo começa quando um grupo é barrado à porta, aleatoriamente. Se houver protestos, os seguranças ‘escolhem’ uma vítima e atacam com brutalidade, virando-se depois para os amigos que, passada a surpresa do ataque, tentam intervir.

A forma como tudo termina é semelhante em quase todos os casos denunciados: os telemóveis das vítimas (e de quem for apanhado a filmar) são atirados para o rio Tejo, como forma de eliminar as provas.

O primeiro passado, como referido, é dado quando um grupo é barrado à porta. Aleatoriamente, pois a desculpa é sempre a mesma: “Está a decorrer uma festa privada”. Tão privada que o grupo nem sequer teve oportunidade de dizer um único nome, para ser conferido na lista de convidados…

Há um segundo cenário: o preço da entrada. É ‘normal’ que a um homem de cor sejam cobrados 250 euros. Denunciados pelo sotaque, os estrangeiros (como brasileiros) são as principais ‘escolhas’ para este método.

E há sempre alguém do grupo que contesta. Mas os seguranças não gostam que lhes respondam. E atacam de imediato, para beneficiar do fator surpresa.

O padrão é o ataque a murro até que a vítima caia. Com ela no chão, seguem-se os pontapés. O método alternativo é o estrangulamento, quer com a mão ao pescoço (sobretudo a mulheres), quer com a técnica do ‘mata-leão’.

Por esta altura, os amigos da vítima aprestam-se a socorrê-la. Mas já é demasiado tarde: já outros seguranças chegaram para auxiliar o colega. E a violência leva todo o grupo de uma assentada.

Quando as vítimas deixam de dar resposta, segue-se o procedimento final: a eliminação das provas. Os telemóveis são ‘confiscados’ e atirados ao rio. Se alguém for apanhado pelos seguranças a filmar as agressões fica também sem o telemóvel. Por isso, os relatos escritos são muito superiores aos incidentes gravados em vídeo.

São cães raivosos treinados para lutar”, descreveu uma alegada vítima, um inglês que foi barrado, agredido a murro e a pontapé e cuja amiga ficou sem o telemóvel, atirado para o Tejo.

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