O conflito laboral na Autoreuropa deve-se apenas a alguns elementos da Comissão de Trabalhadores, no entender de Carlos Silva. “Têm uma especialidade: causar agitação”, afirmou o secretário-geral da UGT.
No dia em que os trabalhadores reúnem com a administração da Europa, o sindicalista concedeu uma entrevista à Renascença para garantir que não é a UGT quem está a travar um acordo sobre o trabalho ao sábado.
“Todos nós que trabalhamos sabemos que há pessoas que têm uma especialidade: causar agitação. Da UGT não são de certeza, pois não temos esse tipo de comportamento”, começou por referir Carlos Silva.
“Agora, quando estamos num plenário de trabalhadores e há três ou quatro que inflamam as assembleias, designadamente alguns que pertencem à Comissão de Trabalhadores, que tomam uma posição à mesa das negociações e depois vêm cá para fora dizer o contrário, não me parece correto”.
Na mesma entrevista, o líder da UGT lembrou que “durante mais de 20 anos houve paz social” na Autoeuropa, que se devia à “liderança” da Comissão de Trabalhadores.
Nas entrelinhas, trata-se de uma crítica implícita à CGTP e à UGT, uma vez que António Chora, o histórico ex-líder da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, estava ligado ao Bloco de Esquerda.
“Não há questões inorgânicas na vida sindical”, desconversou Carlos Silva: “Na vida sindical, os sindicatos posicionam-se, tentam fazer o seu melhor, sejam da UGT, da CGTP ou de outros quaisquer”.
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