A chefe da diplomacia europeia e os ministros dos Negócios Estrangeiros de França, Alemanha e Reino Unido exigiram hoje que o Irão “aja em conformidade” com o acordo nuclear, voltando a respeitar os limites de enriquecimento de urânio.
Numa declaração conjunta, a Alta Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Federica Mogherini, e os ministros dos Negócios Estrangeiros Jean-Yves Le Drian (França), Heiko Maas (Alemanha) e Jeremy Hunt (Reino Unido), expressam “profunda preocupação pelo facto de o Irão estar a desenvolver atividades contrárias aos seus compromissos no âmbito do Plano de Ação Conjunto Global [acordo nuclear]”.
“O Irão afirmou que quer continuar no Plano de Ação Conjunto Global e, por isso, deve agir em conformidade revertendo essas atividades e respeitando os seus compromissos assim que possível”, vincam os responsáveis dos países signatários do acordo nuclear.
Além destes, assinaram a Rússia e a China, assim como os Estados Unidos, que já se retiraram.
Considerando ser necessário convocar “com urgência” uma comissão mista no âmbito do acordo nuclear, os representantes pedem a que “todas as partes” do Plano de Ação Conjunto Global “ajam responsavelmente para diminuir as tensões atuais”.
A declaração conjunta surge após a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) ter confirmado, na segunda-feira, que o Irão começou a enriquecer urânio a um nível proibido pelo acordo nuclear alcançado em 2015 com as grandes potências internacionais.
“Os inspetores da agência verificaram a 08 de julho que o Irão enriqueceu urânio acima dos 3,67 por cento [grau máximo de enriquecimento de urânio permitido pelo acordo]”, disse um porta-voz da AIEA, citado em comunicado.
Por sua vez, a nota informativa da AIEA surgiu depois de as autoridades de Teerão terem anunciado que estão a produzir urânio enriquecido em pelo menos 4,5 por cento, em resposta ao restabelecimento das sanções por parte dos Estados Unidos, que decidiram, em maio de 2018, abandonar unilateralmente o pacto internacional.
A agência da ONU já tinha confirmado, a 01 de julho, que o Irão tinha ultrapassado o limite imposto às suas reservas de urânio enriquecido, fixadas nos 300 quilogramas pelo pacto internacional.
Para avaliar os últimos desenvolvimentos relativos ao acordo nuclear com o Irão, o conselho dos governadores da AIEA, cuja sede é em Viena, terá uma reunião extraordinária na próxima quarta-feira.
A República Islâmica tinha anunciado, no início de maio, que iria começar gradualmente a quebrar os compromissos assumidos no acordo caso os outros signatários internacionais não alcançassem uma solução que permitisse contornar as sanções norte-americanas e as respetivas implicações na economia iraniana.
Concluído em julho de 2015 em Viena, o acordo internacional (assinado então pelos Estados Unidos, Alemanha, China, França, Reino Unido e Rússia) determina que Teerão aceite limitações e maior vigilância internacional do seu programa nuclear em troca do levantamento das sanções internacionais.
Porém, Washington retirou-se unilateralmente do pacto há cerca de um ano, restaurando sanções devastadoras para a economia iraniana.
Teerão sempre insistiu que o seu programa nuclear tem fins pacíficos, negando qualquer tentativa de desenvolver armas nucleares.
Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 17 de…
Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…
O Dia Internacional Contra a Homofobia assinala-se hoje, a 17 de maio, data em que, em…
Artigo de opinião de Denis Gabriel, Neurologista, membro da Direção da Sociedade Portuguesa do AVC.…
View Post Artigo de opinião da dra. Andreia Gomes, diretora-técnica e de Investigação e Desenvolvimento…
A alpinista japonesa Junko Tabei, que nasceu em Fukushima, a 23 de maio de 1939,…