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Tutela garante condições para Cinemateca manter laboratório de restauro

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, disse hoje que estão asseguradas as condições para a Cinemateca Portuguesa manter o laboratório de restauro fílmico, mas não se comprometeu em mudar-lhe o modelo jurídico ainda nesta legislatura.

“Iria ser acusada de eleitoralismo, algo que eu não quero. (…) O nosso compromisso é que nunca deixará de ter condições para funcionar como tem vindo a funcionar. Pode vir a funcionar de forma diferente, mas isso implica fazer um trabalho de transformação quase orgânica”, disse Graça Fonseca aos jornalistas, no final da atribuição da medalha de mérito cultural à Cinemateca.

A distinção é atribuída numa altura em que a Cinemateca tem ainda em curso um extenso programa de celebração dos 70 anos de existência e reclama maior autonomia administrativa para poder executar todas as funções de preservação, divulgação, conservação e exibição do património fílmico.

Há muito tempo que a atual direção tem alertado para a ineficácia do atual modelo de instituto público da Cinemateca, por “falta de flexibilidade administrativa” na gestão corrente, por “uma carga burocrática específica” e por constrangimentos legais, por exemplo, para a contratação de trabalhadores muito especializados.

A Cinemateca Portuguesa também criou um modelo de negócio para manter e rentabilizar o laboratório fílmico – o único na Península Ibérica -, localizado no Arquivo Nacional de Imagens em Movimento (ANIM), em Bucelas, mas para tal é necessária uma mudança orgânica que a tutela não garante que ocorra já.

“Asseguraremos as condições para funcionar, queremos que funcione de forma diferente, para isso tem de ser estudado como é que pode se transformado numa entidade empresarial”, disse Graça Fonseca.

Na cerimónia de entrega da medalha de mérito cultural, a ministra da Cultura sublinhou que a Cinemateca Portuguesa é “um ator importante na afirmação do cinema como matéria de intervenção social e histórica com impacto na educação, na construção de uma identidade e no desenho de um modo de atuação junto de parceiros nacionais e estrangeiros”.

Para o diretor da Cinemateca, a distinção é a recompensa “do esforço de uma equipa”, “um encadeado perfeito de todos os que mantêm a Cinemateca”.

Na sessão, em que foi evocada ainda a escritora Agustina Bessa-Luís, pela ligação ao cinema de Manoel de Oliveira e à história do cinema português, estiveram ainda a ex-diretora da Cinemateca Maria João Seixas e familiares de três diretores anteriores: Félix Ribeiro, Luís de Pina e João Bénard da Costa.

Lusa

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