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Turquia considera “insuficientes” explicações de MP saudita no caso Khashoggi

A Turquia considerou hoje “insuficientes” as explicações do Ministério Público da Arábia Saudita sobre a morte do jornalista Jamal Khashoggi, em Istambul, insistindo no caráter premeditado da operação.

O Ministério Público da Arábia Saudita pediu hoje penas de morte para cinco acusados do assassínio de Jamal Khashoggi, admitindo que o jornalista foi drogado e desmembrado no consulado do seu país em Istambul.

O Procurador-Geral adiantou também que o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, sobre quem recaíam suspeitas de ter ordenado o assassínio de Khashoggi, não esteve implicado na morte do jornalista.

“Todas estas medidas são positivas, mas também insuficientes”, disse o chefe da diplomacia turco, Mevlüt Cavusoglu, acrescentando não “estar satisfeito” com algumas informações.

Segundo explicações de Riade, o plano para assassinar Khashoggi foi posto em marcha a 29 de setembro, três dias antes da morte do jornalista, e foi o chefe-adjunto dos serviços de informações sauditas, general Ahmed al-Assiri, que ordenou o regresso forçado de Khashoggi à Arábia Saudita.

A ordem para matar o jornalista foi dada pelo chefe da equipa de “negociadores”, segundo o MP saudita.

“Dizem-nos que foi morto porque se teria oposto a regressar ao seu país, mas na verdade, a morte, como já dissemos anteriormente, foi planeada com antecedência”, disse.

“O desmembramento do corpo não foi espontâneo. Tinham levado as pessoas e os equipamentos necessários para o fazer. Ou seja, tinham planeado como o matariam e como o desmembrariam”, acrescentou.

A diplomacia turca apelou ainda para que sejam revelados os “verdadeiros mandantes” da operação, depois de o MP ter ilibado o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.

“Este caso não pode ser encerrado desta forma”, disse Cavusoglu, assegurando que a Turquia fará tudo “o que estiver ao seu alcance para fazer luz sobre todos os aspetos desta morte”.

Jamal Khashoggi, jornalista saudita crítico do regime, foi morto em 02 de outubro no consulado saudita em Istambul, na Turquia.

A Arábia Saudita começou por assegurar que o jornalista tinha saído do consulado vivo, mas depois mudou de versão e admitiu que foi morto na representação diplomática numa luta que correu mal.

Segundo a investigação turca, Khashoggi foi morto por um esquadrão de agentes sauditas que viajaram para Istambul com esse fim.

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse por várias vezes que a ordem para matar Khashoggi “foi dada ao mais alto nível do estado” saudita.

Lusa

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