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Tribunal russo rejeita libertar norte-americano acusado de espionagem

O norte-americano Paul Whelan, detido no final de dezembro em Moscovo e acusado de espionagem, permanecerá na prisão depois de um tribunal de Moscovo ter rejeitado o seu pedido de libertação.

“O recurso da defesa (pela sua libertação) foi rejeitado”, declarou o juiz do tribunal de Lefortovo, Dmitry Proniakine, na presença do ex-fuzileiro naval de 48 anos, na sua primeira aparição pública desde que foi detido.

Paul Whelan ouviu a decisão com a ajuda de um tradutor. O acusado estava numa espécie de ‘caixa’ de vidro, como é costume na Rússia para os julgamentos de suspeitos mantidos em detenção.

O advogado de Paul Whelan, Vladimir Jerenbekov, já havia expressado pouca esperança na aceitação do recurso pelo tribunal.

“Na Rússia, a regra é deixar que as pessoas fiquem presas”, disse o advogado fora do tribunal.

Paul Whelan foi detido a 28 de dezembro de 2018. Os serviços de informação russos (FSB) alegam tê-lo detido “enquanto estava a cometer um ato de espionagem”.

O britânico-americano nega todas as acusações que lhe foram feitas e poderá enfrentar uma sentença de até vinte anos de prisão.

Alguns especialistas acreditam que a sua detenção está ligada ao caso da russa Maria Butina, presa em julho de 2018 em Washington, sendo Whelan uma espécie de moeda de troca. Butina declarou-se culpada de espionagem para Moscovo.

A porta-voz da embaixada dos Estados Unidos em Moscovo, Andrea Kalan, disse à imprensa russa que o caso é “seguido de perto” pelas autoridades norte-americanas.

Nós “continuamos a pedir à Rússia que siga as leis internacionais e realize um julgamento rápido, justo e transparente”, acrescentou Andrea Kalan.

O embaixador dos Estados Unidos em Moscovo, Jon Huntsman, visitou Paul Whelan na prisão de Lefortovo, na capital russa.

De acordo com Jerebenkov, o julgamento de Paul Whelan provavelmente não ocorrerá antes de seis meses e nenhuma troca poderá ser organizada antes do final.

“Eu vi-o na semana passada (…), ele sente-se bem, tem um senso de dignidade”, disse o advogado.

Paul Whelan, que tem as nacionalidades norte-americana, britânica e irlandesa, visitou a capital russa para o casamento de um amigo, segundo sua família. Nascido no Canadá, é diretor de segurança internacional do BorgWarner Group, fabricante norte-americano de autopeças.

Vários especialistas colocaram em dúvida o facto de Whelan ser um espião.

De acordo com o jornal New York Times, Paul Whelan foi submetido a um tribunal marcial em 2008 por roubo e fraude, crimes que impedem ou pelo menos dificultam o recrutamento para os serviços de informação.

Lusa

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Lusa

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