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Três palestinianos mortos e 250 feridos em novos confrontos na fronteira Gaza-Israel

Pelo menos três palestinianos morreram e outros 250 ficaram feridos em novos confrontos registados hoje perto da barreira de segurança que separa a Faixa de Gaza e Israel, onde incidentes violentos ocorridos há uma semana fizeram 19 mortos.

Segundo a informação avançada por fontes oficiais palestinianas, as vítimas mortais foram atingidas por tiros disparados por soldados israelitas.

Uma das vítimas mortais foi registada a leste da cidade de Khan Yunis, na zona sul da Faixa de Gaza, enclave palestiniano sob bloqueio israelita e egípcio que é controlado pelo movimento radical palestiniano Hamas desde 2007, segundo as mesmas fontes.

Em relação às pessoas feridas, algumas em estado grave, apresentavam ferimentos provocados por tiros ou pelo uso de gás lacrimogéneo.

Entre os feridos está um fotojornalista da EPA (European Pressphoto Agency), que a Lusa integra, que estava a fazer a cobertura jornalística dos protestos. O fotojornalista sofreu ferimentos ligeiros.

Milhares de palestinianos estão a convergir para a barreira fronteiriça que separa a Faixa de Gaza e Israel para participarem hoje numa nova vaga de protestos.

Informações divulgadas hoje de manhã pelas agências internacionais relataram que manifestantes palestinianos e soldados israelitas tinham entrado em confrontos.

Palestinianos incendiaram pneus e lançaram pedras contra os soldados israelitas, que ripostaram com gás lacrimogéneo e balas reais, segundo correspondentes da agência noticiosa francesa France Presse (AFP) no local.

Centenas de palestinianos começaram a concentrar-se em diversas zonas ao longo da fronteira no âmbito de um protesto que reivindica o regresso dos refugiados palestinianos às terras de onde foram expulsos ou fugiram após a criação do Estado de Israel, em 1948.

Israel advertiu na quinta-feira que as instruções de tiro dadas aos soldados seriam as mesmas que para o dia 30 de março, quando foram disparadas balas reais contra os manifestantes que participavam no primeiro dia de protestos da “Marcha do Retorno”.

Segundo o Ministério da Saúde em Gaza, além dos 19 mortos registaram-se nesse dia mais de 1.400 feridos, 757 com tiros de balas reais.

A ONU e a União Europeia pediram um “inquérito independente” à utilização por Israel de balas reais, algo que o governo israelita rejeitou.

O fim dos protestos, convocados pelo Hamas, está marcado para 15 de maio, o aniversário da criação de Israel, designado pelos palestiniano como ‘Nakba’ (catástrofe).

Lusa

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Lusa

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