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Tragédia do Meco: “O gorro” de João Gouveia e a entrevista “cobarde” para os familiares

João Gouveia falou publicamente pela primeira vez, à Sábado, sobre o que aconteceu no Meco. “Se não tenho encontrado o gorro onde estavam os telemóveis também não tinha sobrevivido”, declarou. Para os familiares dos seis jovens mortos, foi “uma entrevista cobarde”.

João Gouveia, o único sobrevivente da tragédia do Meco, falou pela primeira vez sobre a noite em que morreram os seis universitários da Lusófona, em dezembro do ano passado, numa entrevista à Sábado.

“A minha vida parou”, assumiu o ex-dux, referindo-se aos longos meses que durou a investigação judicial em que, garantiu, foi sempre tratado como testemunha. “Aquele fim-de-semana está detalhado hora a hora”, acrescentou.

Seis meses depois, João Gouveia repete que o grupo estava sentado com o traje e a capa traçada, na praia do Moinho de Baixo, quando uma onda os levou para o mar. Só ele regressou com vida.

Qual o motivo? Nem o próprio sobrevivente o sabe: “uns disseram que foi por eu ter feito bodyboard, outros consideram que o facto de ter tentado salvar a Pocahontas [Carina Sanchez] fez com que a minha cabeça se libertasse do pânico de me salvar a mim”.

A única garantia para João Gouveia é que só fez um telefonema, para o 112: “se não tenho encontrado o gorro onde estavam os telemóveis também não tinha sobrevivido. Saí da água a arrastar-me e a vomitar (…). Aliás, há também quem defenda que ter conseguido libertar-me da capa foi decisivo”.

Lembrando ser “bastante doloroso” perder os amigos num incidente deste género, o estudante negou que as seis vítimas mortais tivessem os pés atados com fita adesiva, entre outros rumores.

“A minha vida parou”, afirmou João Gouveia, que não foi aos funerais dos colegas por conselho da psicóloga, “pelo trauma, pelo mediatismo que, entretanto, o caso estava a ganhar e pelas ameaças que já existiam contra a minha família”.

Dado esse “mediatismo”, não surpreende que logo após tomarem conhecimento desta entrevista os familiares dos seis jovens mortos a classifiquem como “cobarde”.

“É uma atitude que me espanta. Nunca teve cinco minutos para falar com os pais e agora já dá entrevistas a explicar o que aconteceu. É uma anedota. Não acredito numa única palavra dele”, reagiu o pai de Catarina, António Soares.

Segundo o Correio da Manhã, a opinião “é partilhada por todos os pais, apanhados de surpresa com as primeiras explicações públicas do dux da Universidades Lusófona”.

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