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Tortura ou injeção letal? Condenado fica duas horas em agonia e reacende o debate

Os EUA voltam a debater a injeção letal e a própria aplicação da pena de morte depois de um condenado, Joseph Wood, ter agonizado durante quase duas horas. A combinação de drogas demorou a fazer efeito, com o homem “ofegando e bufando” em agonia.

Condenado à morte por duplo homicídio, nos EUA, Joseph Rudolph Wood ‘recusou-se’ a morrer, agonizando durante quase duas horas.

O incidente ocorreu ontem numa prisão no estado do Arizona. Wood recebeu a injeção letal, uma mistura experimental de drogas, mas o tempo ia passando sem que ocorresse o efeito desejado.

“Ele ficou ofegando e bufando por mais de uma hora”, afirmou um dos advogados

Parecia “um peixe em terra tentando inspirar o ar”, reforçou um repórter que acompanhou a execução, Troy Hayden.

A mistura de drogas, composta pelo sedativo midazolam e pelo analgésico hidromorfona, não foi a habitual. O condenado só ‘cumpriu’ a pena de morte uma hora e 58 minutos após a injeção.

Uma hora e dez minutos após a injecção, os funcionários prisionais confirmara que Wood ainda estava vivo.

Alegando tratar-se de um caso de tortura, os advogados do condenado ainda apresentaram uma ação judicial para interromper a pena capital, mas sem sucesso. A execução já tinha sido adiada por diversas ocasiões, mas na véspera (terça-feira) o Supremo Tribunal deliberou a favor do ato.

Os responsáveis prisionais desdobraram-se em comunicados para garantir que a morte foi indolor, citando “testemunhas e médicos” a garantir que o condenado “não sofreu”.

Ainda assim, o governador do Arizona, Jan Brewer, mandou abrir um inquérito.

O caso reacendeu a polémica sobre a pena capital nos EUA, ‘adormecida’ depois do caso de Clayton Lockett. Em maio, este condenado demorou 45 minutos a morrer, gemendo e contorcendo-se com as dores, numa prisão no estado de Oklahoma.

Joseph Rudolph Wood, de 55 anos, fora condenado à morte pelo homicídio da ex-namorada, Debra Dietz, e do pai desta, Eugene Dietz, em 1989.

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