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Ter irmãos ajuda a prevenir a obesidade, diz estudo

Um estudo da American Academy of Pediatrics, que avaliou o índice de massa corporal de 697 crianças, durante os primeiros seis anos de vida, concluiu que ter um irmão é um bom ‘antídoto’ para a obesidade. Este trabalho de investigação foi publicado na revista Pediatrics.

Aquele irmão mais novo, a ‘pestinha’ que não deixa o irmão mais velho em paz, pode ser, afinal, um grande amigo, capaz de prevenir um problema de saúde grave, a obesidade, que leva a outras doenças igualmente perigosas.

Deverá ser a regra sem exceção: o mais novo é uma ‘melga’, que não deixa o mais velho descansado. O inverso também poderá ocorrer. E regista-se também um estímulo mútuo, em que irmãos suscitam entre si motivações para atividade física. Se assim é, há boas notícias no seu lar.

Uma pesquisa da American Academy of Pediatrics avaliou 697 crianças de 10 estados diferentes dos EUA. Os menores foram estudados em diferentes fases da vida e analisados a cada três meses, para se perceber a evolução do índice de massa corporal e outras questões relevantes.

A antropometria foi concluída quando a criança tinha 15, 24, 36 e 54 meses de vida. Depois, foram classificadas tendo como base a idade do mais novo.

Os investigadores estabeleceram um modelo de regressão que permitiu identificar o modo como o irmão mais novo interferiu no índice de massa corporal, comparando fases anteriores e posteriores ao nascimento do segundo filho.

E as conclusões foram evidentes: as crianças cujos irmãos nasceram quando elas tinham entre 24 a 36 meses ou 36 a 54 meses de idade apresentavam menos riscos de obesidade, em comparação com aquelas que não tiveram um irmão.

O estudo provou que crianças que presenciaram o nascimento de um irmão, quando tinham entre 2 e 4 anos, apresentaram um índice de massa corporal mais saudável, em comparação com as restantes.

Por outro lado, a probabilidade de uma criança sofrer de obesidade até aos 6 anos de idade é 2,94 vezes superior, se não tiver um irmão. Quase o triplo, portanto.

Há fatores alheios ao número de filhos de um casal, que podem contribuir para a obesidade, desde questões ambientais, a hábitos alimentares ou questões genéticas.

No entanto, o número de filhos do casal assume relevância por diversas razões. Em primeiro lugar, porque os pais com mais do que um filho ganham experiência e corrigem erros praticados na primeira paternidade. Ao mesmo tempo, o irmão mais velho tende a ser um bom exemplo para o mais novo, influenciando-o de forma positiva.

Mas uma questão muito relevante é o facto de duas crianças debaixo do mesmo teto ser brincadeira pela certa. Mesmo que o irmão mais velho queira algum descanso… Por regra, os irmãos são os parceiros de brincadeira.

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