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“Têm amigos, andam em lóbis. Aceitam cargos e não estão preparados. Hoje todos querem ser diretores”

Júlio Magalhães protagonizou com Marcelo Rebelo de Sousa durante anos o emblemático comentário da atualidade política. Aos domingos, na TVI, o professor e o jornalista conversavam sobre vários temas e ‘prendiam’ a atenção dos espectadores. Hoje, Júlio Magalhães está longe dos ecrãs e Marcelo é Presidente da República.

O jornalista confessa que ficou uma ligação de amizade com Marcelo Rebelo de Sousa, como ficou com outros atores políticos. Porém, apesar de vários anos atento ao fenómeno da política, Júlio Magalhães não se vê no papel de agente político.

De resto, o jornalista lamenta que nem todos pensem dessa forma e entrem para a política em busca de “cargos” ou posições de liderança.

“Já me chamaram várias vezes para a política, já fui convidado para ser candidato de câmaras mas não é… Tenho um lema de vida que é fazer só o que sei”, confessou o jornalista.

Em conversa com Cristina Ferreira na TVI, Júlio Magalhães lamentou as pessoas que procuram vagas na política sem que tenham aptidão para tal, situação que também identifica em cargos de liderança.

“Nunca andei em jantares e viagens, partidos, nem política, nem nada”

“Sou muito crítico que, em Portugal, 60 a 70 por cento, e não estou a exagerar, das pessoas que são convidadas têm amigos, andam em lóbis, jantares, almoços e coisos. Aceitam os cargos, não estão preparados, porque toda a gente hoje quer ser diretor. E portanto, as pessoas aceitam mesmo não estando preparadas. Têm umas regalias”.

Júlio Magalhães relatou a Cristina Ferreira que não entra nesse tipo de ação. “Eu não. Nunca pedi nada a ninguém. Nunca andei em jantares e viagens, partidos, nem política, nem nada”.

Apesar disso, o antigo diretor da TVI e do Porto Canal não nega que chegou a equacionar avançar para a política.

“Houve um momento em que pensei que se calhar era boa ideia mas depois… Olham para mim como presidente da Câmara?”, interrogou entre sorrisos.

O jornalista explicou depois que vai continuar ligado ao jornalismo e realça que a saída de cargos de chefia tem permitido ver e saber com quem conta na vida.

“Jornalismo é para o resto da vida, ou não. Faz parte da minha carreira e da minha vida. Isto é como o pico epidemiológico. No pico epidemiológico até é não é mau descer. E aqui também. A vida é feita de altos e baixos. Permite olhar e ver a vida de outra maneira, quem é e quem não é, quem ficou e quem não ficou.”

Júlio Magalhães informou ainda que, atualmente, vai estando preocupado com a escrita de um livro. O jornalista revela que será um romance “como os outros” e que “não é nada de especial”.

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