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Sócrates apresenta demissão e abandona vida política

Secretário-geral do PS, José Sócrates, demitiu-se do cargo e anuncia fim de um percurso na vida política. Comissão Nacional do Partido Socialista reúne nos próximos dias, para marcar congresso extraordinário que elegerá novo líder. “Encerro hoje um percurso de 23 anos de diversas funções políticas. Não pretendo ocupar qualquer cargo político”, disse Sócrates.

“Não me escondo atrás das circunstâncias. Esta derrota eleitoral é minha e assumo-a por inteiro. Entendo por isso que é chegado o momento de um novo ciclo na liderança do Partido Socialista”, afirmou José Sócrates.

“Não”, “Não”, “Não”, gritaram alguns socialistas que se encontravam na sede de campanha do PS, assim que se percebeu no discurso do secretário-geral socialista que a demissão era um dado adquirido. Mas nada travava a intenção de Sócrates.

“Encerro hoje um percurso de 23 anos de diversas funções políticas. Estou grato aos portugueses por me terem dado a oportunidade e honra de servir o meu país. Quero dar espaço ao PS para discutir o seu futuro e afirmar uma nova liderança sem qualquer condicionamento”, disse o ainda secretário-geral do PS.

Sócrates deixa o partido e a vida política: “Não pretendo ocupar qualquer cargo político. E não ocuparei cargos políticos porque não quero condicionar de nenhuma forma a afirmação da nova liderança. Esta decisão minha é a melhor para o PS e para o País”.

“Pedi já ao presidente do Partido Socialista, Almeida Santos, para convocar a Comissão Nacional do PS, que decorrerá nos próximos dias. Objetivo será marcar um congresso extraordinário, para que se escolha uma nova liderança”, acrescentou.

José Sócrates revelou também que fez um telefonema ao líder do PSD, congratulando-o pelo resultado eleitoral. “Desejo a Passos Coelho que tudo corra bem na difícil tarefa que tem pela frente. Desejo-lhe o que desejaria a mim próprio. Desejo sabedoria, coragem e sentido de justiça. É necessário espírito de compromisso, o que não muda mediante os resultados”, referiu.

Sócrates considera ainda que o PS perdeu apenas um ato eleitoral, “mas este resultado dignifica o Partido Socialista e o seu papel na Democracia em Portugal”. A terminar, fez um apelo ao sentimento.

“Todas as lideranças cometem erros. Eu cometi alguns. Mas nunca o erro de não agir. Perdemos as eleições, mas não devemos recear o julgamento da História. O meu coração está preenchido. Só há nele um sentimento: amor ao meu país e aos meus compatriotas. E uma profunda gratidão, por me terem dado a extraordinária oportunidade e a suprema honra de, como primeiro-ministro, ter servido Portugal”.

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