O executivo acaba de pôr termo a um apoio que os utentes recebiam, na compra de próteses, óculos, calçado ortopédico, tratamentos termais, bem como no transporte não urgente, entre outros bens e serviços. O Ministério pretende “reavaliar a função” deste tipo de reembolsos e pode não atender a todos os pedidos feitos antes do dia 10 de agosto.
Do lado do Movimento de Utentes dos Serviços de Saúde, surgem críticas à opção do Governo, que pode provocar dificuldades acrescidas a quem necessita daqueles bens e serviços. Sem o apoio do Estado, os utentes veem-se na contingência de abdicar do seu bem-estar.
Em declarações à agência Lusa, Carlos Braga, porta-voz do movimento, alerta para o perigo de “pessoas sem posses não recorrerem a esses serviços”, em virtude da sua situação económica que as impede de pagar e aguardar pelo reembolso. “Uma vez mais, os prejudicados por este tipo de medidas que o Governo tem vindo a tomar serão os utentes”, refere Carlos Braga.
Na circular da Administração Central do Sistema de Saúde, que dá orientações às entidades do SNS – no sentido de acabarem com este apoio – apresenta-se como justificação “os compromissos” que Portugal assumiu junto de “instituições internacionais”.
A medida abrange todas as instituições que fazem parte do Serviço Nacional de Saúde. No ano passado, o Estado gastou 38 milhões de euros com os reembolsos, sendo que esta suspensão fazia parte do acordo rubricado com a troika.
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