Mais na qualidade de líder religioso do que de Chefe de Estado, Bento XVI apelou, durante a viagem de Itália até ao Líbano, a que a Síria deixe de comprar armas. É “um pecado grave”, considerou o Papa: “a importação de armas deve cessar de uma vez por todas”. As estimativas apontam para que, na guerra civil que devasta a Síria, já tenham morrido mais de 27 mil pessoas desde a “primavera árabe”.
As mudanças sociais que têm ocorrido no Médio Oriente são um dos temas de fundo nesta visita de Bento XVI ao Líbano. A “primavera árabe” é, para o sucessor de Pedro, “uma coisa positiva, um desejo por mais democracia, liberdade, cooperação e uma identidade árabe renovada”.
Contudo, estas mudanças sociais – um “grito de liberdade”, disse o Papa – partem “de jovens mais favorecidos culturalmente, profissionalmente, que querem participar na vida política e social”, com alguns regimes, nomeadamente o sírio, a oporem-se à mudança.
Na visita ao Líbano, o único país maioritariamente árabe com um Presidente cristão (Michel Sleimane), o líder religioso vai apelar à co-existência entre cristãos e muçulmanos. Um exemplo que o Presidente quer dar desde o topo. “A família libanesa em todos as suas componentes acolhe-o com gratidão”, garantiu Sleimane.
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