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Sida: OMS assume erro na denúncia de infeções em troca de subsídios na Grécia

A OMS desmente uma acusação anterior: a organização denunciara a existência de pessoas na Grécia que se auto-infligiam com o vírus da sida para receberem subsídios do Estado e apoio terapêutico. Foi um erro na edição de um documento de setembro, refere a OMS.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) denunciara, num relatório datado de setembro, um crescente aumento de casos de pessoas que, na Grécia, se auto-infligiam com o vírus da sida para poderem canditatar-se a subsídios do Estado e a programas de apoio terapêutico. A acusação é falsa, reconhece hoje a OMS: houve um erro na edição.

O relatório original, datado de setembro, refere que “as taxas de HIV e o uso de heroína aumentaram significativamente, com cerca de metade das novas infeções por HIV a serem auto-infligidas para permitir que as pessoas recebam benefícios de 700 euros por mês e para poderem entrar com mais facilidade em programas de substituição de drogas”.

Apesar do tempo decorrido, só hoje essa citação ganhou relevância, na sequência de uma notícia emitida pela Sky News. Vários outros órgãos de informação abordaram o mesmo assunto e obrigaram a OMS a admitir, publicamente, que essa acusação não é válida, pois houve um erro na edição do relatório.

A organização não nega a existência deste fenómeno, mas salienta que não atinge a dimensão inicialmente referida: segundo o relatório de setembro, “mais de metade dos novos casos de VIH eram auto-infligidos”. Os dados do Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças da Grécia (Keelpno) apresentam uma taxa de infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV, na sigla internacional) quase triplicou em apenas uma década:  dos 3,9 casos em cada 100 mil pessoas de 2003 para os 10,9 em 2012.

Só em 2012, o Keelpno contabilizou 1190 novas infeções, quase o triplo das 434 registadas em 2003.

O erro da OMS ocorreu num relatório que analisava o impacto da crise nos países europeus. Nesse documento, a organização denunciava também o aumento da prostituição da Grécia, o qual “provavelmente” estaria a ocorrer “como resposta às dificuldades económicas”.

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