Cultura

Serralves garante que foi João Ribas quem retirou as 20 obras de Mapplethorpe

A presidente do conselho de administração da Fundação Serralves, Ana Pinho, assegurou hoje que foi o diretor demissionário quem retirou 20 obras da exposição Mapplethorpe e admitiu que houve uma alteração à sinalética de aviso para a sala reservada.

Respondendo aos deputados da comissão parlamentar de cultura, Ana Pinho afirmou que “quem retirou as 20 obras da exposição foi o ex-diretor do museu”.

“Vamos repetir quantas vezes for necessário. A resposta será sempre a mesma”, sublinhou.

Quanto às salas reservadas, reiterou que João Ribas concordou com a existência de uma sala reservada e que deveria ter um aviso a dizer que deve ser reservada a maiores de 18 anos ou crianças acompanhadas de um adulto.

“Houve um pedido para que se colocasse o aviso legalmente aplicável e foi-nos dito pelos serviços que era aquele aviso. Verificou-se depois que aquela legislação não é diretamente aplicável por similitude”.

O historiador Pacheco Pereira, membro do conselho de administração da Fundação Serralves, acrescentou que “o próprio João Ribas propôs um aviso que impedia o acesso por menores não acompanhados por adultos”.

Este responsável afirmou que “não houve nenhuma censura” e salientou que “isto é o mais importante, porque foi o que gerou conflito”.

Pacheco Pereira centrou-se inclusivamente nas palavras “liberdade” e “censura”, invocadas várias vezes nas audições parlamentares, tanto por João Ribas como pelos deputados, para afirmar que quem conhece o verdadeiro valor da liberdade não pode concordar com a banalização das palavras “liberdade” e “censura”, porque está a fazer mal à democracia.

Isabel Pires de Lima, também membro do conselho de administração de Serralves, disse aos deputados da comissão que a exposição foi “montada tardiamente” por João Ribas, que no dia 15 ainda não tinha montado nada, razão por que não há catálogo.

Sobre este mesmo assunto, Ana Pinho adiantou que está prestes a haver catálogo.

Relativamente à demissão do diretor artístico do museu, Ana Pinho confirmou que foi feita por SMS.

“Foi também para nós uma grande perplexidade que o diretor tivesse enviado, para mim um SMS, seguido de ‘email’. Nunca mais voltou, abandonou o seu posto de trabalho, julgo que nunca falou com a equipa, não deu qualquer esclarecimento à equipa. Estes são os factos”, contou.

Lusa

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Etiquetas: Serralves

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