António José Seguro discorda das medidas fiscais do Governo e critica todos os aumentos, sobretudo os relativos ao aumento das taxas de IVA no gás e na eletricidade. E aponta uma alternativa, que “será apresentada na Assembleia da República”.
“Bastam duas medidas para que os consumidores poupem, no mínimo, 130 milhões de euros por ano. É verdade que deixariam de ser subsidiadas duas das maiores empresas nacionais, no entanto, ganhariam todos os consumidores, o país e as pessoas, sobretudo as mais carenciadas”, adianta.
Para o novo secretário-geral do PS, que participou no seu primeiro congresso como líder, ao “ir além das medidas da troika, o Governo adiciona austeridade à austeridade e atira o país para a recessão”.
A subida de impostos permanente gera efeitos negativos na economia, “num ciclo vicioso” sem fim à vista. “Sempre que o ministro das Finanças fala, os portugueses têm medo de um novo aumento fiscal”, disparou Seguro.
“Em três conferências de imprensa, [o ministro] anunciou o aumento de impostos sobre os portugueses e a classe média”, disse, criticando, por outro lado, as medidas de corte da despesa, sobretudo na área da saúde.
O homem que quer ser primeiro-ministro definiu como prioridades o “combate à corrupção, a criação de emprego e o crescimento económico”. E neste discurso percebeu-se que Seguro tentou ‘soltar-se’ das amarras do acordo que o PS, como Governo, rubricou com a troika.
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